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Contos-->A vida on-line. -- 06/01/2002 - 16:29 (Jose Angelo Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O ambiente estava mais escuro do que no dia anterior. Temia que que fosse acontecer uma tragédia. suas ásperas paredes pareciiam mais inabaláveis do que antes. O ar, que deixara de ser puro há muito tempo, agora começava a me dar tontura,apertando-me a traquéia, engrossando a saliva. Há tanto que estava lá , mesmo com a plena escuridão, conseguia ver todos os centimetro que me cercavam. O chão, que sempre estivera úmido, era-me agora agradavel, aos sons que escutava pela parede, eu também já me acostumava, sem compreende-los porém. Eram sons descontinuos, ruidos que não tinham o menor significado para mim. Não correspondiam a qualquer tipo de comunicação ou alguma música. Não eram também sons de passos, suspiros ou resfôlegos. Entravam a qualquer hora e ficavam ecoando por um longo tempo, até sumirem totalmente. Durante esta visita extra-cúbica, eu me concentrava em cada som, como que apreciando-o, deleitando-me por aquilo que era tão mistérioso. Pensava agir normalmente, apesar de não conseguir imaginar muitas outras formas de comportamento diferentes do meu, pois, certamente, aquela existencia limitada me atrofiara a criatividade, que agora já não me fazia falta. A idéia que eu tinha de vida quando jovem era muito abstrata e surrealista. hoje eu vejo a vida, como uma grande aventura, no mundo contemporaneo. Onde uma globalização poderá trazer uma união dos povos e, no mesmo tempo um comflito entre os povos,( Nações ricas e nações pobres). A forma que meu mundo tinha, o que ele se deixara mostrar, seus sons e marcas em conjunto, não podia ser chamado de vida. E talvez por isso repulso o sentido de morte. Até porque minha segunda vida profissional, é a enfermagem, curar, aliviar dor,salvar vidas humanas. Entre muitas das definições que dei ao meu comportamento, uma era que eu sou um observador, um contista, um espectador, um artista humilde, um estudioso e historiador.E, em minha consciência, acreditava ser livre. Desse jeito me sentia melhor, sentia-me dono de mim mesmo, apesar de nenhum proveito tirar desse poder, pois meu mundo não podia ser modificado, e só presente me importava, porque sou um poeta, e o poeta é capaz de olhar para o seu tempo e si mesmo, perceber aonde vai um amor, uma vida, um povo, ou toda a humanidade e a partir disso deixar escrito os poemas , denunciando os problemas e as alternativas. Amigo leitor, escrever pode parecer fácil. um embaranhado de palavras, para os desentendidos, a poesia acha os leigos, de coisa sem menor importância. Acontece que a poesia nasce junto com a vida, atravessando séculos, guerras, catástrofes, sem nunca perder sua identidade, seu poder de fogo, retratando a história, o tempo. O seu significado se funde perante os fatos. Sua visão infinita, faz com que os verdadeiros poetas sejam cumpridores de uma árdua missão, onde profetizam a dor, a alegria, o amor,o sonho, a vida. -JOSE ANGELO CARDOSO.-Poeta,contista, artista plastico. Presidente-fundador da Academia Guairense de Letras. -SP.
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