Deus, ao nos bafejar com este sopro chamado vida, estabeleceu a direção temporal que devemos seguir: vamos todos, salvo os ceifados prematuramente, da infância para a velhice. Mas Ele nos concedeu o livre arbítrio, para que cada qual possa escolher o seu modo de seguir. Assim, há os que vão em piruetas; os que vão atentos; distraídos; refletindo, sem refletir; crescendo, amesquinhando-se.
Há os que evoluem no tempo com a leveza de uma aragem, que passa sem destruir, quase que pedindo licença; tocando o que encontra com naturalidade e respeito.
A aragem energiza, refresca; organiza um suave bailado por onde passa. A aragem nada impõe, apenas convida-nos para uma vibração positiva. Ela cria uma tendência boa. Mesmo assim, há os que lhe fecham as suas janelas.
Outros, desembestados pelo tempo, dessintonizados da sua própria natureza e em absoluto descompasso com a equilibrada movimentação do Universo, agridem-na aqui e ali, buscando apropriar-se de porções exageradas daquilo mesmo que estragam com o seu tropel: o espaço da convivência, que é onde se deve cultivar a felicidade. Estes têm o bom senso dos vendavais, a sensibilidade dos furacões, a delicadeza dos terremotos...
Você, que desabrocha nesta ainda manhã da vida, pense nisto. Prefira ser sempre como a aragem, pois é assim que se eternizam as auroras: com alegria, com esperança, com delicadeza, com fé, com respeito ao próximo e com o conseqüente aprimoramento do intelecto e do espírito.
Nós a amamos e, agradecidos por termos você como companheira de jornada, queremos parabenizá-la pelo seu aniversário. Você que tem sido, desde o primeiro dia, a aragem da nossa vida.
Papai e mamãe
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