Para que fique claro: não estou me despedindo do Usina. Ando atarefada, com alguns problemas para resolver. Nada mais.
Mas conte o que há de novo? Diga alguma coisa que não seja sobre o Pentacampeonato, pois minha mente está lotada de informações esportivas.
Uma lástima eu ter perdido a exposição perto de casa. Estava viajando e o tempo correu mais que minhas pernas. Soube que foi uma beleza, a junção exata de texto e pintura. Não é sobre isso que sempre comentamos? Há espaço para tudo e para todos.
É verdade, sinto a nostalgia quando venho para casa. Aquele frescor diferente, vontade de deixar a vida passar e ficar sempre no mesmo lugar. Aqui é assim: pontes preciosas onde o ar aquece a alma. O rio que corre perto é notado de pedras, caminhos que levam os pescadores para um passeio. Contei que nunca andei de bote aqui? Não que me lembre. Se bem que minha memória nunca foi grande coisa.
Pena você estar tão longe! Queria que estivesse passeando comigo para saborear um pouco do caminho que percorri por anos. Você iria saber da minha timidez, das manias ridículas, das gargalhadas inconstantes. Quem sabe um dia?
Que bom que você me presenteia sempre com seus mails, telefonemas e justificativas para a saudade.
Também sinto sua falta,
Beijos
Ingrid