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Cartas-->02 - Carta para meu amor (Vício de "você") -- 07/03/2002 - 00:55 (Marcel Agarie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Autor: Marcel Agarie
Data: 06/03/02

Carta : “Vício de você”

Como eu já imaginava. Cheguei do trabalho cansado. Os dedos dos meus pés precisavam se esticar. E foi o que fiz. Joguei os sapatos pela casa, do jeito que só eu sei fazer, um pé embaixo da cama e o outro embaixo da mesa. Me larguei em cima da cama, ajeitei o travesseiro e pensei em você.
Senti aquelas batidas fortes no coração. Uma mistura de saudade com ansiedade, não sei como explicar. Parecia que o meu coração queria me dizer algo, mas eu não conseguia entender. Resumi que seria os primeiros sintomas de saudade e como todo coração apaixonado, ele começou a se manifestar.
Ouvi uma música para relaxar. Me deu uma vontade enorme de fumar uns cigarros, para quem sabe tentar afogar um pouco os batimentos cardíacos. Até me esqueci que não fumava mais, e se ainda fumasse, muitos cigarros já estariam apagados em um cinzeiro lotado de bitucas. Cada bituca seria uma preocupação. Uma das bitucas seriam de preocupação sobre a viagem, se tudo foi tranqüilo e calmo. Haveriam as bitucas de otimismo, que seriam aqueles cigarros fumados junto com os pensamentos positivos, que me fariam pensar que tudo estava muito bem. E com certeza, a maioria das bitucas seriam da esperança de ouvir a sua voz ainda hoje, que infelizmente não veio.
Pela primeira vez em 1 ano e 11 meses de namoro, não ouvi a sua voz me dizendo boa noite, pedindo para que Deus acompanhe meus sonhos. Foi aí que me deu um grande estalo na cabeça e então pude realmente entender que o simples fato da sua presença, do som da sua voz e do pressentimento de você por perto, todos estes somados com seu carinho, seu amor e sua beleza, alimentam a minha paixão por você.
Seria como um vício. Um vício muito bom! Deste vício não quero me tratar, mas morrer por causa dele. O vício de “você”. Não quero me abster deste vício que mudou minha vida, que intoxicou meu coração, inflamou minhas veias e infeccionou minha alma.
Como o meu vício não é mais deixar as bitucas de cigarros amontoadas no cinzeiro, procuro por “você” para alimentar o meu principal vício, que felizmente não existe recuperação. E estou aqui, aguardando deitado, com os dedos dos pés aliviados, olhando atentamente para cada toque que o telefone dá e quem sabe, entre uma ligação e outra, encontrar a sua voz e aumentar meu vício por “você”.
Eu não vivo sem “você”.
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