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Cartas-->Em busca do meu ser menor -- 06/02/2002 - 09:53 (Maria Cristina Alves de Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
mãe dos sereis os menores,
Eu hoje acordei fechado
para a natureza
Estava em busca do meu
Ser Menor

Sei que existe
Uma Mãe dos nada-de-dores
Uma Mãe dos endoecidos
dos martirizados
dos torturados
dos És Ninguém

Fui olhar se o pão,
o menor tinha comido,
parece que ele preferia comer papel,
como eu

Um ser com traços
de estranho no mundo
de estranho no ninho
a menor das formigas

Aquela que,
só gostava de comer açúcar
e ficar dentro da lata
Mas, que por dito
ouvido não sei de quem,
fazia do bem um olhar
para baixo de És terno
neste mundo.

Moro no mundo dos enjeitados
só porque gosto de comer papel
Mas primo por morar entre os grãos
Grãos que foram moído

Que seria de mim, mãe zinha
se não fosses tu mesmo
uma rejeitada do mundo
por ter crescido mais que todos,
e nem ter altura de ser engrandecido
dos mais lenços
que me deste
para escapar da inundação
de ser filha do orgulho
irmã da vaidade

De ter rejeitado
meus irmãos desde o nascimento
de amar o menor
sem saber que o menor era eu

Quiseste-me como começo de raiar
Todo dia eu visito cozinhas e cozinhas do mundo
Estado de ser moderno

Quis me misturar do branco
para ser menor
e quem sabe, alguém
dissesse, vou comer a ti, serzinho
Preciso ter vista do bom
preciso ser vista do bom

A minha manhã era acordada por sacudidos
aprendi a comer papel
porque com ele minha casa era coberta todo dia,
deixando-me a um relento amargo

Comer papel, mãezinha
foi a única forma de voltar para casa
Comi muito jornal, muitos livros, muitos cadernos


Nadava todo dia no mar dos rejeitados
no mundo dos desgostosos

Eles queriam adoçar a vida,
mas para serem maiores que eu,

Aceitei, mãezinha ter
um ser menor, dentro de mim,
porque nunca soube viver sem ele
Nunca quis estar sozinha

Da cana que tirei o caldo
guardei apenas um jeito de defender
os sem casa,

Comedor de papel
bebedor de garapa

Eu só quis aceitar
o Meu Ser Menor.

Do raiar me pusestes
em três
em duas
em quatro
Nunca usei a primeira
letra do seu dia,
Quando quem eu via do meu lado
era chamado por alguém: Inimigo

Alguém,
Filho de um menor, ainda
Acreditou que eu fazia
o Bom ser visto
Resolveu juntar
o Branco no Preto
Me jogou na sua água doce
e disse:
Tens gosto amargo

Nem pão doce eu aceito comer
O que é doce na boca
amarga o estômago
Aprender
Sejais o menor, dói , Maezinha.
É assim que aprendo
a olhar para baixo
Com tanta vontade
com tanta mensura
(até agora estava
batendo na mesma tecla
tirando os esses e os is,
resolvi parar)
ants de entrar, aauik
(aqui) onde vejo a hora,
tive que bater nele
estava como que adormecido
e eu precisava trabalhar
É ruim, mãe, bater em
quem está sempre nos ajudando
só por causa de ter de escrever
mas prefiro isso, do que
bater em quem ajuda por causa
de saber a hora)

O nada me constituiu
"serzinho
"Fui comer a dor do sal
de não ter coisa nenhum
Fui pastar.
Sou tão pequeno aos seus olhos
que ele come e nem me vê.

Deixei o meu berço esplêndido, Mãe.
Só para não ser esquecido
Fui praticar a ruminação
De ser um largado de dia
e preso de noite,
Deixei as minhas entumecências,
Precisei me rechaçar
me enchi das letras que comi,
Pelo menos alguém me guardava todo dia,
Ao invés de fechar a porta da minha casa,
Só porque conheceu o meu amargo

Achando por pouco uma tampa
punha um forro,
Eu tive que temperar bem
os meus pequenos,
para aprender a tirar o forro
daquela prisão
De fechar a porta
para um Serzinho, assim,
como eu

Nunca fui dejeto, Senhor
Escolhi morar no mato,
Aí eu sofro pela falta de água
Sendo eu um ativo carregador de água

A que se deve isso, Senhor
Que olhos de "Serzinho"
como eu, precise olhar tanto,
A dor dos que me amam?
E que eu lhe possa fazer tão ouco?
(Lárquei o P pra lá)
Guardo das letras comidas,
apenas umas palavras,
Aprendi a salvar letras
de Ser um como eu

Apanhei meu meio e disse-lhe
Àqueles que se faziam
Serzinhos, comigo,
na chuva, e na seca
Vinde, reservei para você
uma sopa de letras,
Nunca tereis a lama por casa

Aos grãos (aqueles menores)
Que se põem do lado de fora
para contemplar os seus irmãos, presos
em seus celeiros, eu disse
(vou parar de trocar letras c por s)
(preciso de um bom entendedor de minhas letras)
pensei agora por causa do seleiro que eu não escrevi
eu prometi que não ia bater na mesma tecla)
por isso repito
Aos grãos (aqueles menores)
que se põem do lado de fora
para contemplar os seus irmãos, presos
em seus celeiros, eu disse:
Aqueles presos lá dentro
são ainda maiores que vocês.
Por que eles estão lá
porque me conheceram
e me serviram, até que
vocês os prendessem nos seus
Celeiros

Mãezinha,
por causa de ter comido
tanta letra, de ter dois ais
circundando um nada
disseram que minha sopa
só servia para o sap
E me lavaram para o brejo
(preciso de um bom entendedor
de letras, letras faltantes)

Que assim seja.
É bem verdade, Mãe
que lá conheci muitos
que ostam por demais de serem
Serzinhos
(Li não sei onde,
que lá tem alguém que gosta
(prima mais pelo B do que pelo G,
eu prefiro G mãe, ali, onde faltou
uma letra)

È bem verdade, Mãe,
eu dizia,
Que lá conheci muitos que gostam
por demais de serem serzinhos
indesejáveis.
Serventia de agoureiros,
mentirosos,
Falsos,
Medrosos
e Paloeiros

o meroso
(eu dizia, medrosos, mãe)
acreditam no que desdizem
de mim
por isso, aquele único,
que de mim só ouve uma letra
e ninguém sabe o que ele come
veio para morar na cidade.

Ali chegando, ele sentiu falta
de amigos conhecidos,
Sentiu a ausência do barulho da noite,
Sentiu falta da festa

Olhei aquele serzinho
querendo ser alguma coisa
abandonando(ado) por ser coisa nenhuma,
coloquei-o dentro de uma casa,
ninguém lhe teve apreço
Chamaram-no, serzinho, sujo
Serzinho, feio
Serzinho, horrível,
Serzinho de rabo,
Bom pra ser cortado.

Doía-me , mãe,
Tamanho agravo,
tamanha agressão ao ser menor
Eles nem eram tão menores, assim
Tinham oh (ohos)olhos que todo mundo via,
Es (era essa coisinha ela(nela) senhor, Senhor
que não era gostado por eles,
Ela tinha dois olhos grandes
e chorava por tudo
Eu via dois serzinhos tão iguais, Senhor
tão parecidos,
diendo (dizendo) o tempo todo com os olhos
Só sei ser assim
menor de alma
Mas meus ohos (ohos)Olhos) grandes
só gostam do que é meu
E aceitava apanhar de todo mundo.
E eu chorava a sua dor
A dor daqueles q(olhos grandes,
Por que Senhor?
Por que sedo (n) menor
a gente sen(te) a dor do outro?
Maior que a nossa?

Aí eu quis ser um menor abatido
Quando me via abatido
Por aquels olhos de dor
de não saber o porquê de estar apanhando
Eu usa(va) o meu meio
para ser um A-BA-tido
no lugar dele.
Pensava que ia ser mais rejeitado ainda

Mas os amigos(u)inimigos
daqueles olhos grandes eram
tão serzinhos quanto ele,
eram tão sem saber quanto ele,
E eles, só batiam
nele se eu estivesse por perto
(era um não por ali)
Preciso de um bom entendedor de letras

São tantos nomes lembrados
nesta hora,
POr isso eu vivia correndo
ara (p) detrás da porta,
Era onde eu o vi apanhando a primeira
vez
Quando eu aparecia,
os serzinhos, menores,
sem saber
sem ser também coisa nenhuma, fugiam
Nenhum, nunca
me encarou direito

A gente aprende a ser esperança
de quem tem de grande somente o olho,
por causa do cabo de vassoura
é tanto , que o pup(popular)
Aquele que inventa uma salvação
paa (r) os deformados,
deu a vassoura símbolo de poente
Escorraçar o dia
por causa dos seus (olhos) grandes
e alma pequena.
É por isso, Mãe,
que tem serzinhos
que vão morar, lá longe
É porque quando eles sobem
pela parede, para brincar
com os seus irmãos, serzinhos
menores, alguém lhe fez casa
e estão fazendo de um tudo
para fazê-lo não ser o que é
Serzinho

Comi (tanta) letra
pra sobreviver, por
não ter repouso,
mesmo morando em muitas casas,
que até escrevo palavra
(assim sem saber)
Eu tinha escrito antes
Estão fazendo de um tudo
para fazê-lo não ser o que é
Serzinho de Sé

Mãezinha,
A gente fica olhando serzinhos menores
sem puder tocá-los,
sem puder abraçá-los,
só porque o seu nome
foi pregado em algum lugar

A gente fica procurando
pelos esburacados
os entocados
os escondidos

Eles pensam:
Tá vindo um perseguidor
É porque mãe?

tá vendo, Mãe,
Acho, que conforme
vou ficando menor,
eu começo por trocar as letras

Eu já chorei muito mãezinha,
Enquanto dormia num lugar onde
tenho estado esses dias
Escrevendo ora em papel branco
ora em um lugar sem linha
(mais com horas)
Agora o lugar (da hora)
está fechado, por isso escrevi
na folha branca, sem linha,
a linha quem tá fazendo sou eu, Mãe,
juntando as letras que você comeu
e ma deu
Eu só lembrei do seu risinho
você riu tal qual uma mãe
que não quer assustar um filho
quando ele pôs a mão no coração
Acho que eu lhe fiz cócegas
nos pézinhos cansados, Mãe e você riu
Eu só sei, Mãe,
porque tinha um anjo na sala
dizendo Oi
E para um oi eu só sei entender,
assim, Mãe
Meu pé dói
Aí a gente faz cócegas
para a dor ir embora
pra dor acabar, Mãe
Eu não sabia na alma, mãe
nem no coração
Eu sou um serzinho de nada
Só sei ser alguém quando estou com amigos

Mas sei que posso morar em muitos corações
Carvoeiro
A gene aprende a escrever com carvão
é quando pudemos brincar
felizes, com os amigos
Amarelinha
a gene brinca jogando
casca de banana
não para ele escorregar
mas para que eles conheçam
o prazer que dá o saltinho
de uma casa para outra sem
ser chamado de devorador
mas somente
de vencedor
onde a banana estava ele não pisou
ai a gente chega no céu.
A gente chega no céu assim
pulando como criança
jogando amarelinha.
Se for com tijolo
é bom ralar muuuito
deixar o tijolo o mais
fino o mais ralado que puder
pra ele não sair de dentro
da casa onde você o colocou

A gente fica olhando
vocês fazerem cócegas
na gene
enquanto brincam de
ser um tal de
ditado popular
que lhe contaram
só pra vocês irem dormir mais cedo.
A gene vai bem na hora da merenda
lhes procurar na escola
só pra ficar brincando com vocês
mesmo assim tem uns que esquecem
o quanto é bom rir
porque quanto cao no céu
céu cai com dois pés
(embaralhei as letras)
Está na hora de pôrdo sol.
de criança

Mas eu dizia que
é bem verdade que tem muitas
crianças
que da alegria só
lembra o de ficar
pisando com dois pés
em quem desceu do céu
só pra ensinar pra elas
que o caminho da vida
é deixar uma casinha vazia
de vaidade
e da outra que foi posta
ao lado só pra dizer
Viu, você chamou e ele não veio?
é porque não lixou o tijolo direitinho
ou não dobrou bem direitinho a casca
da banana que comeu
A gente guarda o que come no coração.
Da vitória a gente só
agradece.
Agradecer pela alegria
de morar no céu por alguns
segundos
ate dar lugar para outro
que quer chegar lá também
Aí a gene aprende ao máximo
só pra não ensinar o caminho
errante às crianças.
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