Hesitei...
Estava indeciso se este postal deveria ser ou não público. Andam tantos afamados escritores a protestarem contra os "zés-ninguém" que com um "mosquito" lhes dão cabo da "mosca" na vitrina do "Inicio"! Mas decidi-me submeter esta particularidade aos milhares de olhos que andam por aí a sondar um buraquinho onde se meterem para depois saírem mais empolados.
Pois, Milene, entrei com pézinhos de lã na tua Catedral literária. Contemplei atento alguns dos traços e dos contornos com que desenhas, pintas e esculpes a língua. De repente, embora não tivesse visto tudo (!), corri almado em direcção ao muro do teu jardim, enclavinhei-me, trepei, e pronto: saíu "Milene... a Arder!
A tua reacção cala-me de decência. Senti-me esplendoroso a beber o delicado Baco das tuas palavras, que são aliás sinfonia, como constatei quando estava de visita ao teu monumento.
Miliene
Portugal deita lágrima de comoção indizível
Quando sente que há portugalidade imensa
Entre as letras que lhe dão vida!
Vou fazer uma habilidade:
Um beijo - dois beijos - três beijos - quatro beijos - cinco beijos - seis beijos - sete beijos e sete saias de FELICIDADE para MILENE ARDER.