Crepúsculo De Um Ano Triste – 17.Dezembro.2005 – 02:58
Sim, 2005 está em seu crepúsculo. E as mesmas nuvens cinzentas e carrancudas que iniciaram o ano sobre mim lá acima continuam.
Balanço? Retrospectiva? Saldão de prejuízo, com certeza. Pessoas que se foram para outro mundo, pessoas que continuam por perto, mas que para bem longe deveriam ter ido. Não necessariamente para outro mundo, claro.
O que fiz de positivo esse ano? Parei de fumar? Parei de beber? Parei de dirigir feito louco pelas ruas? Parei de prejudicar os outros? Voltei à igreja? Tirei a barba que me faz parecer bem mais velho?
O que fiz de negativo? Comecei a machucar o sentimento das pessoas? Deixei ser levado pela vidinha fútil que outras pessoas levam? Perdi minha vergonha? ( Uma pessoa que não tem vergonha não tem nada ). Não tomei coragem para tentar aquele amor utópico que tanto me incomodava? Continuo sem disposição para fazer exercícios físicos? Continuo me deixando abater por quem não vale a pena, por menor que essa pena seja?
Categoricamente, o que posso dizer é que passei a confiar menos ainda nas pessoas, mesmo quando elas me dizem algo olhando em meus olhos. Sim, descobri que há gente que também consegue mentir descaradamente dessa forma. Como é fácil machucar as pessoas.
Aprendi que não são tornados, vulcões ou maremotos as forças mais destruidoras do universo. A força mais destruidora é a fofoca. Arma dos fracos e de quem não se importa com os outros.
Aprendi que o cúmulo do paradoxo é uma pessoa mentir para si mesma. Pior, acreditar na mentira e viver sob suas regras.
Que em 2006 todos nós possamos alcançar nossos sonhos sem magoar as pessoas. Que possamos viver a única vida que Deus nos deu, sem nos preocuparmos com a alheia. E a mim me parece que gerenciar somente uma vida já seja trabalho por demais complexo.
Muito obrigado a todos os meus leitores. Pelo carinho, pelas leituras, pelas críticas e elogios. A todos vocês um Feliz Natal ( não se esqueçam do aniversariante ), boas festas e ótimo 2006. Em especial a você Lígia, meu ponto de equilíbrio e razão nesse ano que se foi. E foi tarde.