Velhos, 36 anos – 03.julho.2005 – 01:04
O que Cabaceiras (PB) e Votorantim (SP) têm em comum? Simples, essas cidades que juntas não têm mais do que cem mil habitantes colocaram no mundo as duas criaturas mais queridas e amadas no planeta, pelo menos por mim.
De lá vieram, respectivamente, Seu Alcindo e Dona Lia. Meus pais.
Meu pai enfrentou toda aquela saga da viagem no pau de arara. Até chegar à Campos (RJ), e posteriormente, à Sorocaba.
Minha mãe nasceu e criafa foi na zona rural de Votorantim, que se hoje não arranca suspiros, imaginem na época.
Em Sorocaba se conheceram, em Santos se amaram, e depois, de intrometido, na Manchester Paulista nasci.
Tempos árduos, em que ovos fritos eram a mistura mais refinada. Tempos em que as fraldas descartáveis não existiam. Tempos em que televisão colorida era artigo de luxo. Tempos que melhoraram e pioraram, tempos que tiveram altos e baixos, como na vida de todos.
E hoje, 03 de julho de 2005, eles completam 36 anos de casamento. Suportaram um a rabugice do outro. Suportaram um os defeitos do outro. E chamaram isso de amor.* 36 anos. Bodas de Cedro. Faltam catorze anos para o ouro. Ouro apenas nas bodas, pois, para mim, esse título eles já merecem há muito tempo.
Obrigado velhos. Obrigado pela educação, pelas noites mal dormidas, pelo empenho, pelo carinho e pelo amor. Que Deus lhes abençoe ricamente .
Um abraço e um beijo do filho Wagner.
* Plágio descarado do mestre Carlos Heitor Cony.
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