Olhe aí, cara ou caro brasuca, caindo de olho criativo sobre o mapa, o que é que o Brasil lhe parece?...
Eu esclareço desde já tudo-tudinho sobre a imagética que equaciono, na expectativa de que na íntegra me faça entender e eventualmente logre alguém que possa ajudar-me com clara simplicidade no desiderato a que almejo dar saída.
Tive um professor de desenho que me ensinou a configurar, nas manchas de humidade que havia então nas paredes da sala de aula, imagens que se aproximassem, ou fossem idênticas no contorno, a objectos, animais e pessoas.
Assim, logo que olho o mapa do Brasil, partindo da ponta superior à esquerda, depara-se-me - sem intencionar ofensa - a cabeça e o cachaço de um bovino. Também porventura consegue ver na mesma?...
Outrossim, tomando visualmente o mapa todo, é capaz de lobrigar o corpo de um bacalhau, aberto e depois de seco, de rabo voltado para baixo?...
Ainda mais uma: a delimitada região de Minas Gerais (gracias Nandinha Mineirinha), não lhe parece o celebérrimo boneco Pinóquio?...
Ora, o que é que pretendo eu?
Estou a coligir o maior número possível de elementos para que alcance uma âmpla ideia sobre o sentimento brasileiro em relação ao seu país. Além da história, da impatia e do sotaque linguístico, quando penso no Brasil, surge-me tão só um colibri voando sob azul solarengo em torno do corpo de uma bela mulata, de fartas e harmoniosas mamocas, de ancas curvilíneas em remexido sobe-e-desce... Até pareço um dos nautas de Cabral chegando à praia!...
Caso esteja disponível para auxiliar-me com algumas dicas e expressões peculiares que permitam enriquecer o poema que trago em mente, sugiro-lhe que faça um curto trabalho sobre o desiderato exposto e o publique na Usina. A seu tempo, encontrarei forma de lhe agradecer amavelmente a contribuição.
António Torre da Guia |