Milene
Fiquei sensibilizado com sua carta. Estou muio agradecido. Nossos perfis psicológicos se parecem, embora seja você mais serena. E totalmente urbana. Sou batatinha, como milhões de brasileiros, embora não me considere escritor (ninguém se torna escritor, sem publicar obra literária. Contra isso não existe argumento. Tudo o mais é enganação).
Só tenho uma cara, uma opinião, um voto. Se tivesse duas caras, continuaria a usar esta - e não daria importância para a outra, mesmo que fosse para usar meu voto para virar presidente. Não sou camalhão. Sou de centro. Conservador. Nunca serei light e nem radical. Por que seria? Para mudar de opinião mais tarde?
Aqui tive dois heterônimos. Isso não é defeito. Há quem ainda use apelido, inclusive autodenominado escritor. Gente grande! Gente fina! Usei por necessidade profissional. Era eu repórter político e colunista-substituto de jornal com 280 mil assinaturas, cerca de 1 milhão de leitores por dia. O CONTRATO EXIGIA EXCLUSIVIDADE EM RELAÇÃO AO NOME.
Acho ridícula essa discussão sobre apelido. Ora, quem garante que muito "nome completo" não é apelido também? Quem conferiu documentos de quem? Salvo exceções, claro, tudo é passível de dúvida. Na minha visão, grave, em princípio, aqui, é enganar o leitor com títulos mentirosos e/ou falsos e ferir o método convencional de UM clique para cada texto. Só otário fica esgaravatando texto. Ainda se fosse coisa séria!
Um abraço respeitoso e carinhoso,
Clésio
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