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Artigos-->PARA LULA LER (NA CAMA) -- 19/07/2002 - 21:20 (Paulo de Goes Andrade) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PARA LULA LER (NA CAMA)



Somos quase 170 milhões de brasileiros. É gente demais. A nossa extensão territorial cobre, em quilômetros, cinco ou mais países da Europa. É muita terra. Não sei se o candidato do PT já mediu tudo isso, bem como a sua capacidade administrativa e intelectual para “gerenciar” esta potência (em tamanho) sul-americana, que, já presidida por militares, escritores, economistas, sociólogos etc, não encontrou a sua posição definitiva, ao lado das nações do Primeiro Mundo. Continuamos incluídos somente no consolável lugar de “país emergente”. Em outras palavras, somos ainda “um terceiro mundo”.

Luís Inácio Lula da Silva poderá também chegar à Presidência de todos nós brasileiros, como o polonês Lech Walesa, que à frente do sindicato livre Solidariedade tornou-se o primeiro presidente eleito da Polônia, em 1990, ano em que o Partido Comunista foi dissolvido naquele país, caminhando assim para a democracia e o livre mercado. Walesa, combativo como Lula, não foi a “salvação da pátria”. Em novembro de 1995 foi derrotado. E desapareceu do cenário político nacional. A Polônia muito pouco deve ao período governamental de Walesa. A sua memória ficou apenas no movimento de oposição ao regime comunista dominante, conseguindo, em 1988, o reconhecimento do Solidariedade.

O Partido dos Trabalhadores deve estar se espelhando, por certo, no sindicato de Walesa, levando um metalúrgico ao Palácio do Planalto, sem medir as conseqüências dessa aventura, que prevejo desastrosa para o Brasil. Lula não terá maioria partidária no Congresso para pôr em prática os seus “salvadores” planos de governo para tirar o Brasil do “atoleiro” econômico em que se encontra. Terá, então, que governar através de medidas provisórias.

Exemplos, ou melhor, ótimos exemplos de administrações petistas Lula diz que estão pelo país afora. Não sei se ele se recorda da petista Maria Luiza, que fez da cidade de Fortaleza, quando prefeita, uma lixeira a céu aberto. O caos tomou conta da bela capital do Ceará na sua gestão. O único cuidado daquela filiada do PT foi proteger ou beneficiar regiamente os seus “três maridos”, segundo corria à boa miúda por lá, com funções gratificadas. A prefeita Martha Suplicy, em São Paulo, até agora não convenceu, parecendo mais interessada em seu romance com esse franco-argentino que arranjou do que com os problemas da grande cidade. Olívio Dutra, no governo do Rio Grande do Sul, é outro petista sem atuação expressiva no Estado gaúcho. Lula mudará essa impressão negativa que se tem dos políticos petistas, quando empossado na Presidência da República, transformando-se numa exceção? Eu, pelo menos, não creio.

Lula foi levado a um pedestal não sei por quais méritos. A sua cartilha política baseou-se sempre no marxismo-leninismo, teoria ultrapassada, que persiste ainda, a ferro e fogo, na China Continental, em Cuba e na Coréia do Norte. Criou o Partido dos Trabalhadores. Destacou-se de qualquer maneira por isso, como Lech Walesa com o Solidariedade na Polônia. Daí para frente “criou fama e deitou-se na cama”. Nunca mais quis saber de trabalho. Mesmo entregando o bastão a outro dos seus pares, continuou usufruindo de mordomias, agora mais “merecidas” como presidente de honra do PT. Seria desnecessário dizer aqui que vive bem, num padrão de classe média alta; que mantém uma filha estudando na França; que viaja ao exterior quando deseja. Enfim, tem uma vida de causar inveja aos colegas metalúrgicos. E isso por quê? Não terá no seio do Partido mais ninguém que a ele se iguale? Todos os demais são incompetentes, sem capacidade para substituí-lo, ou para representar o Partido como candidato ao elevado cargo de Presidente da República? Que Partido é esse, oh gente?! Lula será o único predestinado para “salvar o povo de Deus?”

Então, que assim seja! Basta (se eleito) que Lula passe por “um banho de loja”. O Cerimonial do Itamaraty poderá tomar aquela providência. Primeiro, trocando as suas gravatas vermelhas por estampas modernas de Pierre Cardin. Os seus batidos ternos Vila Romana deverão ser trocados por griffes renomadas, bem como o complemento da indumentária, indispensável ao chefe da Nação. Além de tudo isso, Lula terá que se alinhar às formalidades de receber presidentes, embaixadores e ministros estrangeiros, incluindo-se aí coquetéis e jantares.

Daí para frente resta-nos (os descrentes) somente orar, rezar, freqüentar terreiro, e o que achar por bem, para que tudo dê certo. E o Brasil seja salvo. Amém!



Brasília (DF) – 17 / 07 / 2002 – Paulo de Góes Andrade

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