Ganância, inveja e soberba são os principais pecados do trabalho relatados na edição no. 173 da Revista Você S.A. Segundo a Revista, que se propõe a ajudar a diagnosticar as razões destas mazelas da alma, bem como evitá-las; relata que nunca as mesmas estiveram tão presentes na vida corporativa quanto nos dias de hoje e todas elas, como se sabe, são oriundas de sentimentos que transformados em atos corroem o ambiente e podem destruir promissoras carreiras.
Houve um tempo em que o Brasil era citado na imprensa internacional sempre de maneira negativa e raras as vezes positiva mas, nos dias de hoje, é exatamente o contrário. Há até pesquisas de acompanhamento do país na imprensa internacional e as citações positivas batem recordes a cada período. Estes são sinais de que o país, do ponto de vista econômico, é mesmo a bola da vez. O país está enriquecendo, acumulando riquezas, uma grande parte desta riqueza é gerada pelas empresas e um quinhão considerável distribuída para acionistas, executivos e colaboradores.
Resta saber como será usada esta riqueza pelas gerações futuras e isto dependerá de valores constituídos a partir do fortalecimento dos relacionamentos familiares, da formação educacional e também espiritual e religiosa. Sem esses três pilares, tão bem utilizados pelo povo judeu há milhares de anos, corremos o risco futuro de ter um país rico em bens e serviços, porém sem riqueza de valores e princípios em pró de uma sociedade melhor.
Nas empresas por onde passei à frente de Gestão de Pessoas, no mercado financeiro, presenciei muitas escaladas de sucesso de executivos gananciosos e inebriados por egoísmo, ego inflado e narcisismo exacerbado. Passado algum tempo, o que se viu na vida dessas pessoas foi notável fracasso em determinadas áreas: família, saúde, amigos, etc. São fracassos notadamente relacionados com riquezas que o dinheiro não consegue comprar e não manda buscar: amizade, amor, sinceridade, fidelidade, carinho, etc., ou seja, um preço muito alto, uma fatura muito cara.
A Bíblia dá um show de valores e princípios e nos ensina com maestria como domar sentimentos provenientes da ausência desses valores ou referências de normas e condutas éticas, sobretudo, Cristãs. Vamos lá:
Para a primeira das mazelas encontramos nos Evangelhos, uma advertência clara e objetiva de Jesus Cristo, o Filho de Deus: “Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza, porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas” (Lucas 12.15).
Para a segunda, basta reler o 10º. mandamento da lei Mosaica, tão simples quanto: "Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”. (Êxodo 20:17).
Para a terceira e última, o livro da Sabedoria nos dá de graça a receita do elenco de coisas que aborrecem a Deus e a primeira delas, a maioral, soberba: "Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente. O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal. A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos”. (Provérbios 6:16-19).
Aplicação Prática:
Como você lida com os sentimentos objetos do texto? É possível, na prática, controlá-los de forma a não prejudicar outras pessoas? Você já foi vítima de algum destes sentimentos no seu trabalho? Houve reparação? Qual desses sentimentos que você tem maior dificuldade de dominar? Por quê?
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