Quando dei início a esta série de reflexões de textos Bíblicos contextualizados para o ambiente Corporativo, não imaginava quanto seria desafiador a tarefa de sintetizar em apenas 3 minutos de leitura, temas tão extensos e profundos da vida do cotidiano nas empresas, alguns dignos de livros já editados.
Já estamos com mais de 10 edições do 3 Minutos que agora ganhou um subtítulo: Vida Corporativa Cristã e, com o passar do tempo tão rápido nos dias atuais, logo estaremos completando a primeira centena, uma jornada que eu desejo que venha ser muito proveitosa para todos os leitores.
O tema de hoje nos remete a um dos mandamentos de Deus que consta do livro de Êxodo (emigração do povo Hebreu do Egito) no Antigo Testamento: "Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença". (Êxodo 20:17).
Para o homem natural, não há mandamentos fáceis de serem cumpridos, mas este - o décimo mandamento, o último e não menos importante, talvez seja aquele que cause um grande conflito na alma desde cedo, logo na infância do homem. Qual foi a criança que nunca desejou possuir o brinquedo do próximo, de outra criança, do próprio irmão? A cobiça nasce com o homem natural e o acompanha até o nascer do homem espiritual, tal como disse Jesus Cristo a Nicodemos em um diálogo muito conhecido e pouco compreendido para muitos "Em resposta, Jesus declarou: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo". (João 3:3).
Não faz muito tempo que na minha carreira profissional estive revisando, mais uma vez, um Regulamento Interno - Código de Ética e Conduta e Comportamento de uma instituição. Lembrei-me da primeira vez que colaborei para a construção de um Código de Ética, tarefa nada fácil de ser elaborada envolvendo cultura organizacional, leis trabalhistas e regulamentação do setor, contudo mais difícil ainda é o cumprimento à risca do código. Ao longo dos anos, foram inúmeras as vezes que me deparei com situações de quebra de código, consequentemente dos padrões estabelecidos.
No tocante à inibição da cobiça, embora não conste de nenhum regulamento de empresa como prevenção de comportamentos que possam prejudicar a imagem da instituição junto aos clientes, fornecedores e colaboradores, é em muitos casos a principal razão do índice de infelicidade (se é que existe um) dentro das organizações e seus departamentos, pois como diz o dito popular a cobiça, tal como o ódio, cega. Logo,não há nitidez de valores intangíveis (felicidade, paz, amor). Não há pessoa mais infeliz do que o invejoso e a infelicidade é tão contagiante quanto a felicidade.
A Bíblia nos adverte de maneira contumaz em relação à cobiça, eis uma delas: "Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte." (Tiago 1:14-15).
Aplicação Prática:
1. Você acha que seria possível incluir em códigos de ética de empresas, padrões de comportamento bíblicos?
2. Por quê?
3. O que Cristo quis dizer com nascer de novo?
4. Seria uma metáfora ou um outro tipo de nascimento?
5. Você conhece pessoas invejosas?
6. Como elas são?
***
|