A pergunta acima talvez seja, via de regra, a mais ouvida por todos os gestores de Recursos Humanos ao longo da carreira desafiadora de equilibrar relacionamentos e poder dentro das organizações, nesta regra, não sou exceção.
Durante muito tempo procurei explica-ções nas ciências humanas que pudessem me ajudar a compreender o "mistério" e o "verdadeiro nó" envolvidos na relação chefia e subordinado, patrão e empregado, comandante e comandado, etc.
No afã desta busca muitos colegas de RH acabam um dia, assim como eu, no divã do psi-canalista e alguns permanecem nele para sempre, não foi o meu caso.
O livro de Dale Carnegie "Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas", um verdadeiro manual sobre relacionamentos, só é suplantado pela Bíblia nos ensinamentos da arte de se rela-cionar com pessoas que, em minha opinião como "coaching pessoal", deveria ser lida por todos aqueles que se interessam verdadeiramente em aperfeiçoar relacionamentos, atitudes e o próprio crescimento pessoal.
Não bastam horas e horas de sala de aula, treinamentos intensivos, exercícios lúdicos e todo tipo de recursos tecnológicos que utiliza-mos para formar gestores de pessoas se, no dia seguinte, tudo se repetir com os velhos hábitos e ideias incutidas nas respectivas "cabeças execu-tivas" provenientes da escola humanista de ad-ministração, cujos conceitos sobre hierarquia e subordinação esbarram no dito popular "manda quem pode, obedece quem tem juízo". A frustração é enorme para quem está à frente do desafio de desenvolver pessoas no chamado Conheci-mentos, Habilidades e Atitudes, de modo que, saber lidar com isso requer um coeficiente de inteligência emocional elevado.
O Apóstolo Paulo em suas 13 cartas, cha-madas de epístolas, nos ensina com maestria en-tre outras coisas além do Evangelho de Cristo, o CHA da Gestão do Desenvolvimento Humano nas empresas, notadamente naquele que é o maior fator de sucesso, segundo pesquisas rea-lizadas com executivos, ou seja, as Atitudes. São elas as chaves do sucesso.
Na epístola dirigida aos Colossenses, o Apóstolo exalta a importância do fazer e do servir (trabalhar) direcionado a um patrão justo e bom pagador, Deus. "E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o ga-lardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis." (Colossenses 3:23-24).
O Apóstolo dos gentios faz uma advertência veemente àqueles cujas atitudes oprimem, sobrecarregam, exageram ou aumentam a culpa, o erro ou a falta de alguém. "Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer; pois não há acepção de pessoas." (Colossenses 3:25).
E, por fim, dirige-se diretamente ao che-fes, patrões e líderes alertando-os para que sejam justos e equânimes em suas decisões, sob pena de caírem no juízo de Deus. "Vós, senhores, fazei o que for de justiça e equidade a vossos servos, sabendo que também tendes um Senhor nos céus". (Colossenses 4:1).
Aplicação Pratica:
1. Você já foi humilhado por alguém? Como se sentiu?
2. Como chefe você procura flagrar seus subordinados fazendo algo certo ou errado?
3. O que você faz mais em público, críticas ou elogios?
4. Qual é a nota que você pode lhe atribuir, de 0 a 10, para os 3 conceitos do CHA?
5. Compartilhe com os amigos a sua auto avalia-ção para saber como anda o seu CHA.
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