A princípio, em virtude da minha formação de educadora, eu planejava trabalhar somente com crianças e adolescentes. O curso de contação de história, a pós-graduação em Psicopedagogia e o curso de Psicodrama também foram acrescentados à minha vida em função desse público-alvo. No entanto, o Abrigo Pentecostes propôs para mim uma nova possibilidade.
Na verdade, por ora, eu tenho bem pouco a compartilhar dessa nova experiência, que é praticamente uma recém-nascida. Mas como "toda grande jornada começa sempre com um primeiro passo", então, está tudo bem, afinal o nosso primeiro e importante passo já foi dado.
Senhoras passageiras, tomem seus lugares, ativem os sentidos e liberem a fantasia, porque a nossa viagem ao mundo dos contos de tradição oral já começou.
Meu trabalho com as senhoras do Abrigo Pentecostes, no bairro de Vila Sônia, em São Paulo-SP, começou no dia 10 de junho de 2011.
Relatório do primeiro dia de atividade: 10 de junho de 2011 (Horário: de 10 às 11 horas)
Senhoras:
Maria Silvestre
Dolores
Valdete
Maria José (Zezé)
Maria Rosa
Pérola
Ascensão
Enfermeira: Vanda
Histórias: As Três Romãs; O Saco Encantado; A Inveja do Vizir; O Príncipe Adil.
As reações dessas mulheres, ao ouvirem as histórias contadas, variavam. Umas ficavam pensativas olhando para o chão, outras sorriam, algumas dormiam e outras não tiravam os olhos de mim. Os comentários vieram no final, coisas como "que lindo!"; "como você faz para decorar histórias desse tamanho?"; "você vai voltar?"; "você vai contar mais histórias para nós, não é?". Incrivelmente, eu percebi que esses comentários não eram muito diferentes daqueles que eu ouvia no passado quando contava histórias em pré-escolas ou em escolas do ensino fundamental. É isso que encanta no mundo do faz-de-conta, a magia é sempre a mesma não importa qual seja a idade do ouvinte.
A partir de hoje, pretendo usar esse espaço para compartilhar essa experiência com vocês. Grande abraço e até breve!
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