NOITE DE SÃO BARTOLOMEU
(24 de agosto de 1572)

"O monoteísmo é a forma religiosa mais propensa à realização de guerras santas. Desde quando os judeus inventaram o deus único, o ocidente nunca mais ficou livre da intolerância religiosa. Primeiro os romanos, depois os bárbaros do norte da Europa, em seguida os islamitas, os protestantes, os indígenas, os ateus, todos que não professavam a mesma fé no mesmo deus eram tidos por infiéis hereges, que deveriam ser “salvos”, pela palavra ou pela força.
A noite de São Bartolomeu de 1572 é apenas mais um dos episódios sangrentos na história monoteísta. Fruto da explosiva relação entre igreja e Estado, esse massacre foi planejado sigilosamente pelos líderes católicos franceses (Guises), contra os protestantes huguenotes e calvinistas de Paris, contando com o apoio da rainha francesa Catarina de Médicis (1519-1589), que temia um golpe de Estado. Cerca de três mil protestantes foram assassinados depois de arrastados de suas casas e degolados em plena rua pela turba de católicos parisienses.
As guerras religiosas sucederam-se uma após a outra e ainda hoje são manchetes de jornais, graças à “bondade” do deus onipotente, onipresente e onisciente".
Iconoteca História em Discurso – Noite de São Bartolomeu
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