A ASTROLOGIA
   
  
A Astrologia, embora originalmente ligada à religião, foi bem mais elaborada do que esta. Não tem apoio científico no que concerne à influência dos astros sobre os seres vivos, mas se baseia em fatores astronômicos, demonstrando a grande habilidade de seus criadores.
Os sacerdotes caldeus, os criadores das medidas do tempo, foram exímios observadores astronômicos. Após criar o ano, com base no aparente movimento solar resultante da translação da Terra, criaram o mês, inspirado na revolução lunar, e a semana, em honra aos componentes conhecidos do sistema solar.
Os planetas passíveis de ser vistos a olho nu, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, não obstante nos pareçam estrelas, não enganaram os sábios caldeus. Eles entenderam que esses astros eram algo diferente e lhes atribuíram nomes dos deuses mais importantes de sua religião, assim como também à Lua e ao Sol.
O Sol foi a única estrela que eles não consideraram como tal, devido à sua proximidade, que o torna tão diferente aos olhos terráqueos. Assim, somando aos cinco planetas a Lua e o Sol, eles criaram a semana para os homenagear.
Os monoteístas hebreus, para excluir qualquer referência a outros deuses, atribuíram a autoria da semana a Yavé, como sendo seis dias de trabalho e um de repouso do criador. Felizmente, Urano, Netuno e Plutão estão fora do alcance dos olhos humanos, e nós não temos que trabalhar um pouco mais entre um e outro repouso. Se esses planetas tivessem sido avistados pelos caldeus, os hebreus iriam dizer que Yavé fizera o universo em nove dias e descansara no décimo, e nós teríamos uma demana em vez de uma semana.
Os caldeus marcaram o início do ano no equinócio de primavera setentrional. Poderiam ter escolhido um dos solstícios, ou até mesmo o outro equinócio, início do outono setentrional e da primavera austral. Os solstícios ocorrem no dia em que a Terra chega ao último ponto de inclinação para o norte, em dezembro, aparentando que o sol caminhou para o sul, daí o nome de solstício meridional, e também no dia em que a Terra chega ao último ponto de inclinação para o sul, em junho, aparentando o Sol ter ido para o norte, donde o nome solstício setentrional, que deveria ser mais convenientemente chamado de terristício meridional. Os equinócios ocorrem no meio desse caminho, quando a noite tem tamanho equivalente ao do dia nos dois hemisférios.
Como os astros conhecidos no tempo da origem da astrologia são sete, e os signos são doze, um a cada mês, cinco planetas ficaram com dois signos cada: marte ficou com Áries e escorpião, Vênus, com touro e libra, Mercúrio com gêmeos e virgem, Júpiter com sagitário e peixes e Saturno com capricórnio e aquário. Só a Lua e o Sol que ficaram com um signo cada: câncer e leão, respectivamente.
Com a descoberta de Urano e Netuno, os astrólogos modernos fizeram como que uma reforma astrológica, tomando de Júpiter o signo de peixes para Netuno, e tiraram de Saturno para Urano o signo de aquário. Não tomaram um signo de Marte para Plutão, mas sempre falam dele em relação a escorpião. E, por esses dias, noticiou-se que foi encontrado um pequeno planeta, menor do que Plutão, "a 18 bilhões de quilômetros do sol" ao qual deram "o nome de Sedna - em homenagem a uma deusa dos Inuit, os esquimós do ártico" (Jornal da Globo, 15/03/2004). Se confirmado que Sedna é mesmo um planeta do nosso sistema, ficará faltando apenas um para se dividirem com exatidão os signos, uma vez que a Lua entra na parceria. Entretanto, nem todos os astrólogos adotaram a posição moderna. A página de astrologia do Universo on Line só faz referência aos planetas conhecidos pelos caldeus.
Embora desde Júlio César os romanos tenham passado a iniciar o ano com o mês de janeiro, originalmente, o primeiro mês era março, pelo que o signo de áries é chamado de primeira casa zoodiacal.
Ainda não se comprovou que os astros tenham uma influência sobre os seres vivos; mas a astrologia é bem mais justificável do que a religião. Porque a astrologia se baseia em elementos cósmicos existentes, e a religião se fundou em seres puramente imaginários. O mundo atual, em geral, não tem os astros como deuses; mas no passado eles eram deuses tanto quanto o deus invisível em que crêem os cristãos de hoje.
FONTE: BHSERVIÇO
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