Muitas pessoas pensam que, sem religião, as pessoas seriam egoístas, más, desonestas, insensíveis, etc. e o mundo seria muito pior do que é. Entretanto, os fatos não corroboram tal pensamento. Há tantas ou mais pessoas religiosas desonestas do que atéias.



Pessoas teístas chegam a pensar assim: “E como ficaríamos, cá na terra, nós, pobres mortais? Aguardando a realização de novas profecias? Sem amar o próximo, como Jesus nos ensinou? Francamente!....Só estando a serviço do demônio” (Domingos O. Medeiros).



Mas a realidade nos mostra que não só os ateus, mas também os religiosos, evitam muitas coisas para não sofrer as conseqüências naturais aqui em vez da punição divina.



O ateu não pensa que há um deus observando-o para depois puni-lo, mas sabe “que seu mau procedimento lhe trará conseqüências naturais desagradáveis: que sua mentira lhe trará descrédito; que seu mau humor lhe resultará antipatia alheia; que sua maldade produzirá inimizade; que sua desonestidade redundará em preocupações; que seus vícios só destruirão sua saúde; que não há um onisciente vendo tudo que ele está fazendo ou até pensando, mas seus crimes poderão ser descobertos, por esperto que seja...” (Anticristo).



Por outro lado, o religioso acredita que um dia terá que dar conta até dos seus maus pensamentos. Entretanto, não deixa de cometer sempre seus deslizes.



Alberto Santos Dumont, o inventor do avião, era ateu. Cometeu suicídio por decepção ao ver o seu invento utilizado nas guerras. Se estivessem certos os que pensam que os ateus são pessoas insensíveis, Santos Dumont não teria chegado a um extremo desse.



Adolph Hitler, esse era cristão. Usou o invento de Santos Dumont contra boa parte da Europa e ainda considerou-se um obreiro de Deus, ao assassinar milhões de judeus, dizendo: "Acredito hoje que estou agindo de acordo com o Criador Todo-Poderoso. Ao repelir os Judeus estou lutando pelo trabalho do Senhor" (Adolph Hitler, Discurso, Reichstag, 1936).



Os americanos são na maioria muito religiosos. Nem pena de morte dá jeito na violência americana. O Ex-Presidente Bil Clinton não é um ateu. É do conhecimento público que ele não dá muito atenção àquele mandamento “Não adulterarás”.



Jimy Swagart, o mais influente pastor das assembléias de Deus, cuja pregação tinha como principal foco o combate à prostituição, foi encontrado com prostitutas em motel, conforme matéria veiculada há anos do Fantástico.



Escândalos religiosos atualmente são muito comuns. Já tomei conhecimento de muitos furtos cometidos por pessoas de aparência extremamente religiosa. Nem pensam no mandamento “não furtarás”.



“Eu nunca cometi adultério físico, mas por que não fantasiar a respeito? Será porque eu tenho medo de incorrer na ira de Deus na próxima vida, ou na ira da minha mulher nesta aqui?” (Felix Maier).



Mas Clinton e Swagart se esqueceram tanto da ira das esposas quanto da de seu deus.



Se a honestidade procedesse da religião, as imoralidades ocorreriam pelo menos em maior grau entre os ateus. Não é o que vemos. Tudo indica que RELIGIÃO NÃO TORNA BONS OS MAUS.



Os fatos nos mostra que não é um ser sobrenatural imaginário que controla os impulsos humanos, mas a consciência das conseqüências dos seus atos.

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