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Artigos-->NILTON DA COSTA TEIXEIRA, O ESCRITOR -- 16/01/2004 - 19:42 (NILTON MANOEL) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VIDA E OBRA DE NILTON DA COSTA TEIXEIRA,

( TRÊS DE MAIO:- DIA MUNICIPAL DA POESIA)







Nilton da Costa Teixeira, nasceu na cidade de Monte Alto, interior de São Paulo, em 03 de maio de 1920, filho dos portugueses Manoel dos Santos Teixeira e Conceição da Costa Teixeira. Veio com a família para Ribeirão Preto, prosseguindo os estudos no Grupo Escolar Guimarães Júnior, onde concluiu em 30/1.931. Trabalhou desde a infância, tendo sido prático de farmácia, após saiu para ser provador de café e, na mesma firma, passou a exercer funções na contabilidade, enquanto prosseguia seus estudos. No ginásio do Estado, hoje Otoniel Mota. Na Escola da Biblioteca dos Pobres foi cursar o “guarda livros”, mais tarde na Escola de Comércio São Sebastião, Contabilidade e o científico no colégio Progresso.

Dedicou-se à contabilidade e ao comércio. Aposentou-se por tempo de serviço em 1.976. A contabilidade exerceu-a até os últimos dias de sua vida. Era associado do Conselho Regional de Contabilidade e graças ao vasto conhecimento contábil, assessorava colegas nas constantes mutações do setor..

Faleceu aos 5 de novembro de 1983. Era casado com dona Ophélia de Andrade Teixeira deixando vários filhos. Teve participações esportivas e literárias. Na literatura, 45 anos de atividades.Em 1936, co-fundara o Grêmio Literário Humberto de Campos.

Nos tempos de estudante, pelo Clube Atlético Sete de Setembro, dedicou-se ao atletismo e ao pingue-pongue, modalidades que lhe deram várias premiações. Existe arquivos de fotos, publicadas no jornal A Cidade, sob o tema: Recordando o Passado. Nesta é o sexto de pé.

Na imprensa, Nilton sempre esteve presente, em crônicas, contos, poemas, trovas, sonetos, editando grande parte de sua produção literária. Os jornais de Ribeirão Preto, O Diário, Diário de Notícias, Diário da Manhã, A Cidade, Folha do Subúrbio (Camaçari - BA) etc. oferecendo subsídios para que alunos e professores de literatura desenvolvessem suas atividades escolares. Na praça XV de novembro, em torno da Fonte Luminosa, por vários anos, trovas de sua autoria estIveram expostas em placas pintadas premiadas nos Jogos Florais de Ribeirão Preto.

Como professor, na Escola dos Pobres, entidade que funcionou na rua Mariana Junqueira estimulava o alunado à vida literária e o que continuou fazendo no correr dos anos. Sua esposa d. Ophélia também lecionava na entidade. Prefaciou diversos livros. Dedicando diversos textos sobre a história de Ribeirão Preto, alguns enfeixados em Versos à Ribeirão Preto.

No correr dos anos, durante campanhas eleitorais, à pedido de candidatos compunha “marchinhas” de campanha eleitoral, e num só pleito viu vários candidatos eleitos com suas mensagens poético-eleitorais. Entretanto, era comum, ao passar por cartórios de paz, ser solicitado a fazer trovas de homenagem de casamento ou nascimento. O poeta gostava do que fazia e fazia com inspiração.

No ano de 1.966, foi um dos vencedores dos I Jogos Florais de Ribeirão Preto, numa promoção do Clube dos Antônios com o patrocínio do jornal O Diário, tendo duas de suas trovas premiadas. O tema da promoção era Santos Dumont. A respeito, no dia 6 de novembro de 1.967, o dr. Antonio Rocha Lourenço, presidente do Clube, se manifestou: “ Ao ofertar-lhe o premio que sua inteligência conquistou, não deseja o Clube dos Antônios, deixar embora em poucas palavras, de dizer o quanto agradece a sua destacada participação. Foi premiado diversas vezes pela Academia Valenciana de Letras. Luiz Otávio e Carolina Ramos teceram comentários sobre seu estilo versátil. Era considerado uma usina poética e conseguia produzir centenas de trovas de um mesmo assunto ou tema.

Em 1.970, a pedido do dr. Antônio Duarte Nogueira, então prefeito, com desenho de capa de da. Nairzinha Nogueira, primeira dama, editou Versos à Ribeirão Preto, lançado na inauguração do salão nobre do palácio Rio Branco. O historiador Prisco da Cruz Prates,destacava-o em seus textos como o príncipe regional da trova ribeirão-pretana. O trabalho literário de Nilton da Costa Teixeira sempre mereceu consagração nos mais diferentes recantos do país.

Em 19 de junho de 1977, trovadores de diversos pontos do país estiveram reunidos na casa do poeta. Ocasião bastante festiva e literária, onde cada um demonstrava a sua versatilidade. O escritor e acadêmico santista Walter Waeny ( mais de100 livros editados) ao partir deixou em manuscrito a mensagem:



“ Esta alegria maior,

Sempre guardá-la prometo:

visitei, hoje, o melhor,

poeta de Ribeirão Preto”.



O trovador José Valeriano Rodrigues, mineiro de diversas academias, assim escreveu:

“Senti-me de tal maneira

à vontade neste lar,

como na casa mineira

para a qual eu vou voltar”.

Deixou vários inéditos, mas na imprensa diária divulgar boa parte daquilo que produzia. Suas constantes premiações literárias difundida em livros de resultados de concursos mantém viva sua literatura, e o arquivo histórico municipal e Casa da Cultura têm as edições dos livros de jogos florais de Ribeirão Preto, com a atuação dos trovadores da cidade.

Vem sendo organizada uma antologia com os textos dos escritores da família Teixeira. O poeta e prosador Lauro da Costa Teixeira (irmão, freqüentava a Casa do Poeta Lampião de Gás), Nilton Manoel e Ivan Augusto (filhos) e alguns sobrinhos do poeta com participação e prêmios literários..

Fez parte de comissões literárias dos Jogos Florais de Ribeirão Preto, nomeado por portarias do chefe do Executivo. A promoção divide-se em três fases: Nacional, Municipal e Estudantil.

Nilton da Costa Teixeira, co-fundador e vice-presidente da secção municipal da União Brasileira de Trovadores, instalada por Luiz Otavio – príncipe dos trovadores brasileiros. Co-fundador da União dos Escritores de Ribeirão Preto. Foi correspondente de diversas outras academias pelo Brasil. Hoje é patrono de cadeiras acadêmicas.



No decorrer dos anos conseguiu centenas de prêmios. Nos Jogos Florais da Bahia, pela Academia Castro Alves de Letras, Academia Valenciana de Letras,Grupo Alec de Corumbá, Academia Pedralva de Letras e Artes, Sesc Três Rios- RJ, União Brasileira de Escritores, Revista Brasília, centenária Sociedade Legião Brasileira Civismo e Cultura, em Ribeirão Preto, monografia sobre Padre Euclides, Casa da Cultura de Ribeirão Preto, Clube da Velha Guarda,Jogos Florais de Ribeirão Preto, Santos, Rio de Janeiro,etc.

Na antologia Poetas de Ribeirão Preto, terra da poesia, editada por Nilton Manoel, em 1.979, figura com um agrupamento de textos sob o título “Encanto dos meus dias” onde são encontrados sonetos concebidos em verdadeiros estados de graça, poemas e trovas. Foi haicaísta bissexto Vejamos:



A FONTE LUMINOSA

Nilton da Costa Teixeira



Da fonte luminosa, emergem espargidos,

contínuos jactos de água em cores variantes,

que , em suaves vaivens, tão sempre repetidos

em mesclas divinais de encantos e corantes.



Seus azuis celestiais, nos jactos expelidos,

parodiam, no céu, os azuis contagiantes,

enquanto pela relva, os grilos escondidos

teimam a musicar esses vaivens constantes



Sempre a água sobe e desce e sofre mutações,

imita nossa vida onde há tão falsos pomos

colhidos cegamente em muitas ocasiões...



A fonte é um painel de passageiras cores,

a vida é um painel de mentirosos cromos,

dois cromos celestiais, cromos enganadores.



Com a difusão de informativos, jornais, revistas, colunas de poesia em jornais, a coluna de Trovas da Gazeta Esportiva, assinada pela jornalista Maria Thereza Cavalheiro, Almanaques como o Santo Antonio, da Editora Vozes, a folhinha do Sagrado Coração, os poemas de Nilton da Costa Teixeira popularizam-se cada vez mais, principalmente, em volantes e livrotes, editados por amigos para distribuição gratuita a clientes e alunos de nossas escolas. O movimento literário de Ribeirão Preto, tomou vulto com as edições diárias deste poeta em O Diário, Diário da Manhã, A Cidade, Diário de Noticiais, sendo considerado o marco de nacionalização de nossas Letras.



ALGUMAS TROVAS POPULARIZADAS:



A vida triste fantasia,

que abriga tanta ilusão,

é o caminhar dia a dia,

para um funéreo caixão.



Nossa vida é uma viagem

de turismo e avaliação,

em que o peso da bagagem

é feito no coração.



Tenho a casa pobrezinha

Um prato e uma colher,

E a esperança toda minha

De arranjar uma mulher.



Durante suas andanças,

Jesus Cristo foi fecundo,

recolocando esperanças,

entre as descrenças do mundo.





Quem passar por Ribeirão,

fatalmente,ira deixar,

pedaços do coração,

que um dia virá buscar. ( 1.956)



Ribeirão - tu sobranceiro,

és do interior, no presente,

o município, primeiro,

porque caminhas à frente...



Nos Jogos Florais de Ribeirão Preto, oficializados pelo executivo, por ser o evento que consagrou a cidade no mundo internacional da literatura, realizados em modalidades: estudantil, municipal, internacional, Nilton conseguiu diversas e boas trovas vencedoras, entre elas:







Neste abraço em que te aperto,

Com a beatitude de um monge,

Sinto meu amor tão perto...

Minha esperança tão longe!



Para salvar aparências,

Nós pela vida, mentindo,

Entre silêncios e ausências,

Sofremos sempre sorrindo.



O Judas de hoje, moderno,

Maneiroso, demagogo,

Não teme os clarões do inferno,

Porque dança sofre o fogo.



Despreocupado com a morte

Para quem tão pouco resta,

Mesmo os rigores da sorte

São verdes sonhos de festa!



PALAVRAS QUE CONFORTAM:



HELVÉCIO BARROS- Bauru-SP.

Dentre inúmeras cartas recebidas pela família, destacamos:

“No cartão homenagem, vemos o perfil de um homem, que foi inspirado cultor do sonho e requintado burilador do verso. Sei que foi, em sua terra natal, por várias gerações, um dos seus valores ,ais dignificantes, que, se o presente tanto o admirou, a posteridade saberá respeita-lo”.

“ Um poeta adormeceu,

e, porque tanto sonhou,

se algo, aqui, se escureceu,

todo o céu se iluminou”.

Jornalista Paulina Martha Frank, Campinas,SP.

“ Trovador e poeta que todos aprendemos a estimar e admirar”.

Carolina Ramos, trovadora santista:

“Com profundo pesar recebemos a infausta notícia do falecimento do poeta Nilton da Costa Teixeira, que enluta as letras de Ribeirão Preto e entristece seus irmãos trovadores de todo o Brasil”..

WALTER WAENY, escritor santista

“ O Brasil inteiro precisa ler o que ele escreve, para render homenagem a um talento e a uma versatilidade assim tão grandes”.

Na literatura de Ribeirão Preto sua prosa e poesia fez a nossa história literária e, ficou comprovado nos certames em que foi premiado. Seus livros: A Mansão do Morro Branco, Versos à Ribeirão Preto, Mãe, Minha Trova em Ribeirão Preto,Sonetos de várias datas,Restos de Ventura, entre outros, enriquecem o mundo literário desta cidade que tanto amou.

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