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Artigos-->JUSTIÇA SOCIAL -- 28/09/2003 - 20:33 (Marco Antonio Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quem é o responsável por promover a justiça social?

No modelo atual parece que as coisas não estão bem claras, ou, melhor dizendo, não há quem queira assumir tão empreitada.

O fato é que, os indivíduos não deveriam ser abandonados a sua própria sorte, miseráveis mendigando nas metrópoles ou revolvendo lixo em busca de comida, roupas ou algo que possam comercializar para tentar sobreviver. É degradante e vergonhoso ver seres humanos em tal situação, velhos e crianças em condições de vida que muitos animais não têm.

Há aí de se pensar na má distribuição de renda, mas, convenhamos, este papo de economistas só serve para tentar justificar o injustificável, Tornar uma coisa normal toda esta infâmia.

Então admitamos de uma vez por todas a discriminação como norma de conduta aceita pela sociedade e pela lei. Assumamos a face nazista que queremos esconder em gráficos e índices econômicos, que refletem a frieza e insensatez de quantos poderiam fazer alguma coisa, mas se quedam na indolência e na preguiça de trabalhar desinteressadamente pelo bem comum.

Penso ser responsabilidade de toda a sociedade, fraternalmente consciente, o quadro dantesco que vemos todos os dias nas grandes cidades do país, quando tantos seres humanos se arrojam a uma pilha de imundícies, como a pagar os pecados daqueles que não tiveram plena consciência do seu papel quando investidos do poder, tanto político, quanto econômico.

Nós, indivíduos podemos fazer muitas coisas, mas as grandes empresas e corporações podem fazer muito mais, sem estar apenas de olho nas vantagens fiscais, e o governo, em todos os níveis, deveria abdicar do clientelismo e atuar fortemente na área social, pois o quadro atual é de emergência, emergência moral.

Sei muito bem que atos paternalistas não resolvem este flagelo, mas como disse, isto é uma emergência. O que se deve fazer, todos sabem, mas não têm coragem de assumir os riscos de por em prática um plano, relativamente simples, mais simples que muitos planos econômicos mirabolantes, que hoje resolvem ou parecem resolver alguns problemas, mas em breve se mostram ineficazes, trazendo ao país um quadro mais penoso que o inicial. Falo de EDUCAÇÃO. Somente um plano honesto de educação poderá mudar o país e a sorte de tantos que vivem hoje na miséria. Educação verdadeira, grátis, com objetivos claros de dotar os indivíduos de capacidade cognitiva, de promover o pensamento e a ação. Educação calcada na razão e na lógica. Que se formem profissionais longe dos interesses eleitoreiros, Que dê uma ferramenta importante para o progresso do país: o conhecimento.

Não é uma tarefa fácil, face o aleijão que se instaurou no Brasil, com o modelo educacional adotado, que favorece a dominação dos mais pobres, pela insuficiência e fragilidade do ensino. Até mesmo o ensino superior se tornou uma falácia, com um conteúdo tão rarefeito que remete os desejosos de uma plena formação profissional aos cursos de pós-graduação e doutorado.

Promover a justiça social é uma tarefa de todos, em cada nível e de acordo com suas possibilidades. Aos indivíduos cabe a demonstração, a prática da fraternidade, do amor mesmo, que lhes tirará da crisálida que o envolve, Aos ricos, empresas e indivíduos, cabe a partilha, a doação incondicional de bens materiais que minimize em curto prazo os males causados por modelos econômicos socialmente maléficos. Ao governo, seja qual for sua posição política, cabe a execução de um plano sincero que erradique a miséria de nosso país, e que possibilite a todos o acesso ao conhecimento e a condição de exercer a cidadania com dignidade.

Nestes tempos de eleição presidencial, os discursos sempre parecem mostrar um caminho para o povo, desvalido e carente de justiça social. Passado o pleito, tudo fica como antes, e ninguém tem consciência de que pode e deve cobrar dos governantes a execução das promessas feitas, e mais, do que realmente precisa ser feito para a erradicação da miséria.

Ninguém deve padecer de fome num país tão abundante e fértil, ninguém deve viver na miséria num país tão rico. É vergonhoso, e cabe a cada um dar um basta nisto.







www.poetadopovo.kit.net/



Marco Antonio Cardoso
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