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Artigos-->O que é Filosofia -- 20/09/2003 - 12:15 (Caixa do Pregão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Este trabalho é um pequeno resumo sobre o livro de Caio Prado Jr., O que é filosofia. Uma das finalidades do livro é esclarecer a diferença entre ciência e filosofia, sendo essa diferença algo sutil a ponto de o leitor não concentrado não entender a diferença. A ciência é um conhecimento sistematizado sobre um determinado experimento empírico da realidade e a filosofia é o conhecimento do conhecimento e não a extensão das ciências. Nele também há uma discussão sobre a distinção entre as filosofias de Platão e Aristóteles, na qual a filosofia do primeiro tem um caráter mais literário e a do segundo, um sentido mais científico .



De acordo com o livro de Caio Prado Jr., filosofia é o conhecimento do conhecimento, como já foi dito. O que é Filosofia é um livro de leitura não muito fácil digamos assim. Conversando com alguns de meus colegas de classe, ouvi comentários como: “muito chato”, “que livro ruim”, entre outros. O fato é que um leitor não muito interado no assunto terá dificuldade de compreendê-lo.



Como começar a resumir esta obra? A princípio esse fato – difícil acesso ao entendimento - foi um empecilho na hora de começar a sintetizá-la, então tive que buscar alguns conhecimentos de filosofia nas prateleiras da memória, que adquiri com algumas leituras a parte sobre o tema, além de ter que reiniciar algumas vezes a leitura em alguns trechos para retomar o fio da meada.



Pois bem, então não delonguemos mais, comecemos!





Filosofia e ciência são diferentes, embora quanto à perspectiva em que respectivamente se colocam, e ao método, ou antes disso, no estilo que adotam, se ocupariam uma e outra da mesma realidade universal. A ciência ocupando-se com dados experimentais colhidos na consideração direta das feições e ocorrências da realidade. A filosofia como idéias, diríamos melhor conceitos ou representações mentais daquela realidade exterior carregada pela experiência.



Para Platão, as imagens ou dados da experiência são reflexos ou cópias aproximadas e imperfeitas das idéias; enquanto que hoje algumas concepções científicas são as idéias que constituem reprodução, ou melhor, representação da realidade.



A confusão de Realidade concreta, com o pensamento dessa Realidade, resulta na confusão do conhecimento com o conhecimento do conhecimento. Ou seja, uma confusão da ciência com a filosofia. Efetivamente, o fato de sobrepor o pensamento e seus sistemas e formas à Realidade os quadros conceituais em que o pensamento e o conhecimento se organizam e se estruturam é que vai dar a confusão aristotélica.



Pode-se mesmo dizer que, embora Platão envolva suas concepções num manto de misticismo e fantasia literária, que lamentavelmente as ofusca e muitas vezes lhe torce o sentido profundo, bem como disfarça o que deveria ser sua contribuição mais fecunda para a devida proposição das verdadeiras questões da filosofia, pode-se dizer que Platão teve a intuição e marcou, com um máximo de clareza para um precursor, a distinção entre conhecimento e conhecimento do conhecimento.





Metafísica



Os trabalhos de Aristóteles ajudaram em muito a ciência moderna, como por exemplo, nas áreas da Física, Química e biologia, sobre os estudos da matéria. O fato de querer chegar à essência das coisas contribuiu para essas matérias chegarem aos estudos dos átomos e das moléculas como a essência das coisas, no que se refere ao pensamento de Aristóteles.



Na concepção aristotélica de metafísica, ela é uma simples transferência de fato, porque nada mais que isso corresponde esta concepção, centro nevrálgico da metafísica, que vem a ser a da geração das coisas sensíveis, que afinal não são senão o particular em contraste com o universal, pela realização da forma – aquilo que faz a coisa ser o que é na matéria, substância indeterminada das coisas sensíveis, mas que reúne em cada caso, as condições específicas necessárias para que a forma determinada possa nela se concretizar ou gerar; que tenha a potencialidade para isso, que seja a coisa em potência, na terminologia aristotélica. Para ilustrarmos podemos dizer: tal como se dá a água relativamente a duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio, nos quais esses elementos que se produz a água. O H2O seria a matéria em potência na qual a forma água se realiza.



Ora, a forma que é essência ou aquilo que "faz a coisa ser o que é , se reduz na terminologia aristotélica à idéia, ao universal. E assim, tal como na lógica aristotélica o particular se deduz do universal, assim também a coisa sensível, que é o particular, se gera pela realização da forma potencial contida na matéria; forma essa que vem a ser o universal.







Não foi tarefa fácil entender o pensamento de Aristóteles segundo interpretação de Caio Prado Jr., porém, o esforço de longas horas de desgaste cerebral compensou. Foram inúmeras vezes que parei em alguns parágrafos e refleti sobre alguns temas como que se eles estivessem bem diante de minhas retinas e fossem reais. (contudo, como dizia o próprio Platão, “a realidade que enxergamos nada mais é do que uma cópia imperfeita do mundo real”.







REFERÊNCIA



JUNIOR, Caio Prado: O que é filosofia.

São Paulo: Brasiliense, 28º reimpressão



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