Sobre seu Artigo:
O MEDO QUE ESTÁ GERANDO A VIOLÊNCIAViolência e Medo - Resposta a Rose Maura FleixerRicardo Oliveira
Ao entremearmos e associarmos ‘medo’ à ‘violência’ criamos um labirinto verbal no qual as palavras valem mais do que as ações.
O ‘medo’ é apenas uma reação de cautela ante o desconhecido. Esta é uma apresentação que Jiddu Krishnamurti sempre fez em suas palestras pelo Mundo enquanto vivo.
Uma criança pode ter medo de altura porque já viu alguém cair e ficar machucada. Uma criança pode jogar uma pedra em outra porque assistiu alguém fazendo isto na televisão e tal fato resultou aos seus olhos ver a ‘agressora’ (que ela assume o papel) espantar aquele(a) personagem de um desenho ou de uma ‘situação de vida’ real no imaginário dela.
Na primeira criança, o medo é algo de certa forma gravado em seu mecanismo de sobrevivência. Já, na segunda criança, certamente a ‘violência-agressividade’ faz parte de um ‘desaprendizado’ que a escola, a família e a sociedade de forma permissiva tem deixado se arraigar mais e mais em seu meio.
Não podemos tomar um pelo outro. São, a meu ver, conceitos excludentes.
O ‘Medo’ é um conceito a ser trabalhado e vencido. Não é a existência do ‘desconhecido-medo’ que nos torna violentos. E ao agirmos/reagirmos com ‘violência-agressividade’ não nos coloca a salvo de nossos medos.
O desenvolvimento dos valores inerentes a todos os Homens é a única medida que nos dá alguma salvaguarda como coletividade.
Penso que os educadores devem trabalhar estes dois valores de forma bem apartada e distinta. Assim como o hidrogênio “H” e o oxigênio “O”. Eles são valores distintos e, juntos, o oxigênio torna-se irrespirável mas, como água “H2O” eles sustentam a Vida.
Estranha abordagem!!! Ela não se completa por si só.
Seriam muitas e muitas páginas de conversas e trocas de experiências pois, com certeza, este assunto tão determinante de todas as condutas sociais não se esgota tão fácil assim.