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Artigos-->Enquanto eu cavalgava aquela coisa enorme e dura... -- 11/07/2001 - 14:24 (eva braun) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
...ao som de O Pássaro de Fogo de Stravinsky girando no gramofone, as tropas do Fuhrer se acercavam de Paris. "Monique, Monique, rebola rebola minha querrida", era assim que ele me chamava nessas horas em que eu enterrava meu corpo no seu. Tinha a mania de, durante o sexo, chamar-me com nomes de prostitutas francesas. Há meses que ele não me procurava na cama, e eu já estava desconfiada de suas intermináveis revistas às tropas sempre tarde da noite. Ele voltava cheirando a charuto e bebida barata. Mas nesse dia da invasão de Paris, ele estava inusitadamente feliz e resolveu marcar o ponto. Confesso que nessa noite eu já estava cansada e umas duas doses acima. A semana inteira vira soldados e oficiais subindo e descendo os corredores, sucessivas reuniões até altas horas da madrugada, sem que eu soubesse que, secretamente, eles estavam articulando a ocupação da França. Pobre França... Agora eu entendia por que ele ultimamente vinha me chamando de Madame Pompadour! Eu devia ter entendido os sinais. Sim, ele dominaria a França afinal. Dali para o resto do mundo seria um pulo! Até onde iria sua ambição napoleônica? Que territórios mais lhe seriam suficientes para saciar sua fome de poder? Chego a pensar que ele leu A Vontade de Potência, de Nietzsche, de trás para a frente, ou então não entendeu nada do resumo que o mala do Goebbels deve ter feito do livro para ele. Tssk. Tssk. E então por que um homem tão guloso como ele só se restringia a uma só mulher - eu,Eva Braun - ? Sim, porque eu sabia que não havia outras na vida dele. Eu tinha gasto milhares de marcos para me manter bem informada de seus passos. Meus espiões secavam minhas economias. Se a Gestapo descobrisse que eu andava espionando as ausências do Fuhrer, certamente faria a minha caveira com ele. O que não deixava de ser um risco para eles também, porque, se não conseguissem provar nada contra mim, meu amado não pensaria duas vezes em cortar-lhes a cabeça, e sem guilhotina!



Ah, mas naquela noite eu havia encarnado a própria Hipólita. E na qualidade de rainha das Amazonas, eu cavalgava com determinação e sem medo. E eu tinha pressa, pois a qualquer momento minha montaria poderia perder o ímpeto e amolecer. Se ele porventura se distraísse e o pensamento de táticas e estratégias dominasse sua mente, a pistola fria e dura negaria fogo e eu ficaria mais uma vez a ver navios. Porém, isso não aconteceu e após uns dez minutos de sôfrega cavalgada eu atingi o ápice do prazer. Que loucura! Meu Fuhrer suava pois não havia tirado o uniforme. Após o gozo, eu caí ao seu lado, ainda tonta de prazer, ele afagou meus cabelos desatentamente e recolocou a pistola no coldre depois de recarregá-la com as balas que havia deixado sobre a mesinha de cabeceira.



- Durma bem, Fraulein.







Eva
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