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Artigos-->Dia Meio Ambiente - TUDO A FESTEJAR! -- 06/06/2003 - 23:05 ( Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Ambientalista Cético

Robson Caetano



Foi lançado, o livro O Ambientalista Cético de Bjorn Lomborg (Ed. Campus). O autor, de 37 anos, é professor associado do Departamento de Ciências Políticas da Universidade de Aarhus da Dinamarca, vegetariano, se considera de esquerda e antropocentrista e um ecologista nato, tendo sido ativista do Greenpeace. Hoje, Lomborg é uma voz ativa na crítica ao movimento ambientalista catastrofista. Como esta mudança ocorreu?



Um dia, Lomborg estava em uma livraria e se deparou o livro The Ultimate Resource 2, do economista Julian Simon, onde este afirmava que o mundo estava melhor, mais próspero e mais limpo. Estupefato diante das afirmações de Simon, que negavam tudo o que ele havia aprendido no Greenpeace e, na tentativa de refutar as suas conclusões, Lomborg deu início a um levantamento de dados postos à disposição por organizações como a ONU e a World Wildlife Federation-WWF.



Lomborg ficou pasmo com os resultados obtidos e os publicou no livro O Ambientalista Cético em 1998, na Dinamarca. Rapidamente, o livro se popularizou pela Europa, ao exibir 2.930 notas e mais de 1.400 referências bibliográficas. A sua publicação quase que passou despercebida, até ser republicado em inglês pela Cambridge University Press. A partir daí, o livro chegou ao conhecimento da mídia e foi muito bem recebido pelo The Economist, The Wall Street Journal e pelo Washington Post.



A reação dos grupos ambientalistas e dos cientistas foi imediata, com a publicação de matérias e artigos em jornais, alertando os leitores para o mal potencial que o livro de Lomborg trazia. Resultado: sua ousadia foi literalmente massacrada pela comunidade científica, que produziu um dossiê publicado na revista Scientific American em janeiro de 2002, onde desqualificava Lomborg pelo fato de ser estatístico e não um cientista, esquecendo-se, convenientemente, que, por exemplo, Newton, Galileu, Gauss e outros sábios não souberam resolver o difícil problema de determinar a longitude no mar, o que foi feito por um relojoeiro inglês, J. Harrison.. Além desta, curiosamente, as únicas críticas feitas ao livro foram de caráter metodológico de coleta e manipulação de dados. Nenhuma crítica foi feita a respeito do conteúdo d’O Ambientalista Cético. A revista ainda conclui que muita coisa está melhorando, mas, a descrição e a avaliação do mundo feita por Lomborg seriam vagas.



Afinal, que informações irritaram tanto os ambientalistas e os cientistas?



Entre outras coisas, ele afirma:



- Apenas 14% da floresta amazônica foi destruída.



- A redução das florestas é de 0,5% ao ano e não de 2 a 4%.



- A devastação de florestas não reduz a biodiversidade. Lombrog argumenta que as florestas dos EUA estão reduzidas a 1 ou 2% de seu tamanho original e só notou-se o desaparecimento de uma espécie de pássaro e ainda cita um exemplo brasileiro: só resta 12% da Mata Atlântica distribuída em grupos esparsos. Neste ponto, Lomborg afirma: "Segundo a regra utilizada pelos ecologistas, a metade das espécies deveria estar extinta. No entanto, quando a União Mundial pela Conservação da Natureza (UICN) e a Sociedade Brasileira de Zoologia, fizeram o recenseamento das 291 espécies conhecidas, nenhuma delas havia desaparecido. Podemos concluir com isso que as espécies são muito mais resistentes do que se imagina".



- Segundo a ONU, a produção agrícola no mundo em desenvolvimento aumentou 52% por pessoa.



- A ingestão diária de alimentos em países em desenvolvimento aumentou de 1.032 calorias em 1961 - o mínimo para sobreviver - para 2.650 calorias em 1998. E se prevê que aumente para 3.020 até 2030.



- A proporção das pessoas que passam fome nessas nações diminuiu de 45% em 1949 para os atuais 18%. Prevê-se que diminua ainda mais: 12% em 2010 e para 6% em 2030.



- Desde 1800, os preços dos gêneros alimentícios baixaram mais de 90%.



- O índice de crescimento da população humana atingiu seu pico, superior a 2% anuais, no início dos anos 60 do século 20. Situa-se hoje em 1,26%, e se prevê que caia para 0,46% em 2050. A ONU calcula que a maior parte do crescimento demográfico do mundo terminará em 2100, estabilizando-se pouco abaixo de 11 bilhões de pessoas.



- Lomborg afirma: "A poluição do ar diminui a partir do momento em que uma sociedade se torna suficientemente rica para se preocupar com o meio ambiente. No caso de Londres, a poluição atingiu seu ápice por volta de 1890. Atualmente, o ar nunca esteve mais puro e é preciso recuar até 1585 para encontrar uma qualidade de ar semelhante. Esse fenômeno pode ser generalizado para todos os países desenvolvidos".



- A expectativa de vida hoje é maior do que há 100 anos atrás.



- A pobreza diminuiu mais em 50 anos do que nos últimos 500.



- Há energia útil em abundância e petróleo para mais 150 anos.



- 20% das florestas foram perdidas para sempre e não dois terços delas como se supunha.



- 0,7% das espécies desaparecerá nos próximos 50 anos e não de 20 a 50%.



- A água está cada vez menos poluída.



Todos esses resultados são respaldados por organizações como a ONU, daí a dificuldade dos críticos em apontar informações falsas. Para Lomborg, os problemas existem, mas a sua dimensão é extremamente exagerada pelos ambientalistas e pela mídia, que não divulgam com a mesma consideração os problemas que já foram solucionados. Esta visão apocalíptica prejudica o progresso humano e favorece a credibilidade em ONG´s em detrimento das organizações empresariais. Lomborg questiona se a verdade está somente com as essas ONG´s.



Ele afirma que o aquecimento global é um fenômeno importante do ponto de vista ambiental, político e econômico. Não há dúvida alguma de que a humanidade tem contribuído para o aumento das concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, e que isso provocará a elevação da temperatura. Mas, saber quais são as melhores atitudes a serem tomadas com relação ao futuro exige que separemos a hipérbole da realidade.







O Ambientalista Cético vai de encontro a várias previsões do ambientalismo não se confirmaram e ainda explica a razão de suas falhas, como o relatório do Clube de Roma, Limits to Growth , de 1972, que fazia prognósticos sombrios sobre escassez de energia, poluição, extinção de espécies animais e vegetais e crescimento da população mundial, reafirmados, em 1981, por seu presidente, A. Peccei, em 100 Pages Pour l avenir .



R. Malthus, em 1800 havia feito considerações catastrofistas sobre o crescimento populacional e dos meios de subsistência.



P.R. Ehrlich, biólogo e diretor do Centro de Estudos Populacionais da Universidade de Stanford, autor do The Population Bomb (1968), previu catástrofes maiores: A batalha para alimentar a humanidade acabou. Nos anos 70, o mundo passará por inanição de grandes proporções; centenas de milhões de pessoas morrerão de fome . Ehrlich ainda dizia que a Inglaterra não existiria no ano 2000.



Nenhuma dessas previsões se confirmou.



O Greenpeace nega terminantemente que Lomborg tenha algum registro na organização e ainda diz:



“Os ambientalistas não se consideram pessoas pessimistas quanto ao futuro da Terra. Ao contrário: acreditam que é possível salvar o planeta da destruição que o vem atingindo nos últimos séculos e, por isso, arregaçam as mangas e se põem a trabalhar.



No entanto, levam a sério as ameaças reais ao meio ambiente e acham que há urgência em se tomar medidas efetivas de proteção ambiental. Em situações onde haja indícios fortes de que danos irreparáveis ao meio ambiente possam ocorrer, mesmo que não haja plena certeza científica sobre a dimensão e as características desses prejuízos, os ambientalistas acham melhor prevenir do que remediar.



Ou seja, propõem a adoção do Princípio da Precaução. Por isso, consideram Lomborg como um anti-ambientalista, que tenta convencer pessoas de que não há necessidade de se tomar atitudes urgentes com relação a problemas tão graves quanto as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade ou a contaminação do planeta. Há muitas maneiras honestas de vender livros e desenvolver uma carreira acadêmica, mas Lomborg ainda não as descobriu.” http://www.greenpeace.org.br/geral/bjorn_lomborg.asp



Exagerado ou não, o livro de Bjorn Lomborg vai na contra-mão do senso comum imposto a ferro e a fogo e abre um espaço saudável para a discussão do que realmente é imaginário e o que é real na causa ambientalista e deveria ser recebido pela comunidade científica, em tese, não como uma “ameaça” ao meio ambiente pura simples e, sim, como algo a ser, no mínimo, investigado para – quem sabe? – se tornar mais uma contribuição para ampliar os horizontes da ciência e do desenvolvimento humano.





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