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Artigos-->Cap. 13: Aprígio volta às pressas do Iraque -- 13/04/2003 - 23:25 (Tobby Teófilo Teobaldo Túlio Tyler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não consegui falar com Aprígio sobre Zé da Banguela. Disseram que ele tinha ido com uns jornalistas americanos visitar uma cidade ao norte do Iraque. Deixei o recado para que ele, assim que chegasse da viagem, ligasse para mim com urgência.



No dia seguinte Aprígio retornou minha ligação. Tinha acabado de chegar da cidade natal de Sadam. Saiu correndo de lá, pois um grupo leal ao ditador iraquiano mandou bala para cima dos tais jornalistas americanos. Ted, o seu amigo ianque, teria sido, inclusive, ferido no pescoço. Também falou sobre seu amigo saudita, Sharon, afirmando que o pobre tinha, por milagre, achado sua família sã e salva em um abrigo da cruz vermelha.



Depois de fazer este breve relato, Aprígio confessou-me que já estava ficando farto daquela guerra. Queria porque queria sair o mais rápido dali para começar a pregar sua ideologia em outras paragens. Tinha recebido um convite de Ted, o americano ferido, dono de uma cadeia de restaurantes e fissurado em guerras, para ir aos EUA fazer palestras e conferências sobre a tal Filosofia Aprigiana. Joaquim e Manoel, jornalistas portugueses que conheceu ainda na Jordânia (lembra-se?), também chamou Aprígio para ir a Portugal ensinar aos portugueses a sua doutrina.



Porém o que Aprígio queria mesmo era voltar ao Brasil. Primeiro, para rever sua cadela Nestor. Disse-me que sonhou diversas vezes com ela, morta de inanição. Tranqüilizei-o, afirmando que Nestor estava vivíssima e sentindo bastante a sua falta (mentira de minha parte, porque Nestor estava no cio, louca para encontrar um cachorro amigo com quem pudesse, digamos, compartilhar suas necessidades). Também queria retornar para ver como ia Zé da Banguela com sua difícil missão no Rio.



Perguntei-lhe quando iria partir do Iraque, e ele me disse que, no máximo, em uma semana conseguiria retornar à Jordânia. Foi quando lhe falei sobre a situação de Zé da Banguela, contando-lhe o acontecido detalhe por detalhe, como nos noticiários sensacionalistas dos finais de tarde. Em um primeiro instante, Aprígio ficou mudo, sem dizer uma só palavra. Depois, já com uma voz meio trêmula, disse que retornaria no outro dia para o Brasil. Pedi-lhe que mantivesse a calma e ele simplesmente falou: se Zé da Banguela morrer, morre com ele toda a Filosofia Aprigiana.



Não deu outra: dois dias depois dessa minha conversa com Aprígio, ele estava de volta ao Brasil, mais precisamente ao Rio de Janeiro.



!!Próximo Capítulo: Aprígio chora a morte de Zé da Banguela.



//Fale com Aprígio: aprigio2003@bol.com.br

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