Quem, alguma vez, já disse esta frase ao seu pai? Posso arriscar que a minoria das pessoas. A sociedade atual, contrária aos valores do evangelho, propaga de diversas maneiras, um grande esfriamento nas relações familiares, até mesmo buscando destruir a família no molde dos planos de Deus. Um amor autêntico para com o pai e a mãe não é incentivado.
Cabe a nós, que nos denominamos cristãos, pela graça que nos é dada, remar contra a correnteza deste mundo. Quantos pais ficam com a casa cheia de gente no segundo domingo de agosto, ganham muitos presentes, etc. Isso tudo é muito bom, é sadio e necessário, mas não é tudo!
O que falta em muitas famílias hoje não são os presentes, nem as festas de convivência, mas uma manifestação afetuosa de amor através de palavras. E o interessante é que todos têm amor para dar, amam, mas não manifestam esse amor.
Há pessoas brigadas com seus pais e talvez você seja uma delas. Reconheça a preciosidade, a importância dele na sua vida! Sem o seu pai você não existiria: não poderia ter sonhos, aspirações, não poderia nem brigar com ele. Este Dia dos Pais precisa ser um momento de profundo encontro do pai para com o filho ou a filha e vice-versa. Não é tudo muito simples, mas você, que agora reconhece a realidade da sua família, do seu pai em especial, ousadamente deve dar passos concretos na construção de um relacionamento mais humano entre você e ele.
São João da Cruz nos ensina: "Onde não há amor, coloques amor e encontrarás amor". Não olhe as dificuldades, mas pense nos frutos de um amor maior na sua relação com o seu pai: você vai ter uma afetividade mais equilibrada, vai ter um amigo com quem contar, vai ter, enfim, um pai, que também poderá olhar para você e dizer que tem um filho, uma filha no sentido pleno da palavra.
Pai é para se amar, se respeitar e deixar-se ser amado por ele, pois, por mais que você encontre nele defeitos, há dentro dele um tesouro escondido de amor por você que ele apenas não sabe expressar, visto que a criação dele não o fez um homem manifestador de ternura - mas a ternura existe. Os presentes, a festa são secundários, o principal agora é a retomada do amor, é a hora das palavras de carinho que nunca foram ditas e que fazem muita falta. É tempo de amar com afeto!
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