“O povo que andava nas trevas, viu uma grande luz”. Uma das passagens bíblicas que me encantaram na época de natal é Isaias 9,5: "Porque nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: conselheiro admirável, Deus forte, pai dos tempos futuros, príncipe da paz". Essa passagem estava na liturgia da Missa do dia 25 de Dezembro e nos faz imaginar e voltar os nossos pensamentos para aquela noite gloriosa em que a Luz veio ao mundo. Imagine só, o dia em que a Luz veio ao mundo, o dia em que Deus visitou a humanidade da forma mais pobre possível, o dia em que "um menino nos foi dado".
No mesmo capitulo 9,1 Isaías nos diz: "O povo que andava nas trevas, viu uma grande luz; para os que habitavam na sombra da morte, uma luz resplandeceu". Foi para isso que o menino nos foi dado. Para iluminar e tirar das trevas aqueles que nela estavam. Eu posso dizer que essa passagem se cumpriu na minha vida; pois perdi uma pessoa que me disse que queria curtir a vida viver uma vida nas noites, nas choperias, nos bailes, sem um compromisso real, verdadeiro e seguindo os preceitos cristãos com alguém. Não que um cristão não possa ir nestes lugares, eles podem ir desde que vá com pessoas certas e não com qualquer um. Espero que esta pessoa esteja lendo este artigo e que veja esse Menino que nos foi dado pelo Pai, foi dado para tirar-nos das trevas em que nós vivemos neste mundo onde o inimigo veste-se com uma face de príncipe para conquistar os que não estão firmes na fé, mas com Jesus em seus corações, mesmo com as tentações do inimigo, inúmeras são as pessoas que estão encontrando essa Luz e tendo suas vidas transformadas... e espero que esta pessoa seja transformada também. Creio que pelo que conversei com esta pessoa ultimamente Jesus agiu e fez-la enxergar uma pequena luz, pois hoje apesar de tudo somos verdadeiros amigos que nutrem um carinho especial recíproco. Mas é preciso mais, pois o próprio Jesus diz em uma passagem: “Eis que bato a porta. Quem ouvir e abrir a porta entrarei e cearei com ela”. A porta a qual Jesus se refere é o nosso coração. Não basta também abrir a porta (coração) para Jesus apenas uma vez e preciso que a nossa porta esteja sempre aberta para que o nosso Senhor possa sempre entrar e cear conosco e isto exige um certo sacrifício deixando algumas coisas carnais e coisas do mundo de lado.
Essa transformação tem que acontecer em nossas vidas, em nossas casas. Fico pensando como poderia uma pessoa celebrar o natal com sentimentos maus dentro de si, como ódio, inveja, mágoas, ressentimentos ou até comemorando uma data tão importante com bebedeiras, que por sua vez geram brigas, desentendimentos e outras coisas piores. Digo: se você está com raiva, ainda não perdoou aquela pessoa que lhe fez mal, ainda não se reconciliou com as pessoas que estão ao seu lado, você não celebrou o natal. Por que? Porque o Menino que nos foi dado veio nos trazer a Luz, e se estamos com tantos sentimentos negativos ainda há trevas em nós. "Deus é luz e nele não há trevas alguma" (1Jo 1,5). Quantos natais você já passou e que não fizeram diferença alguma na sua vida?
Talvez você diga, como cheguei a dizer neste Natal: "Este Natal para mim foi uma data triste e continuará sendo para toda a minha vida em função dos fatos que aconteceram". Não é que a data é triste, é que você ainda não deixou a Luz que é Nosso Senhor Jesus Cristo dissipar todas as trevas que ainda estão em seu coração.
É tempo de mudar, é tempo de reconciliar, é tempo de perdoar. Digo isto a você leitor que talvez esteja vivendo alguma dessas situações, que tem uma pessoa para perdoar ou para pedir perdão. Você que até hoje passou seu natal com bebedeiras e coisas irreais a aquilo que Jesus nos ensinou, abra seu coração e experimente o amor do Pai que enviou o seu Filho para nos salvar.
Esse artigo é a melhor forma que eu tenho de lhes desejar um 2003 cheio de realizações nunca se esquecendo dos preceitos cristãos que tem que ser vividos diariamente em nossas vidas. Peço a Jesus que ilumine todo o ano de 2003, pois onde Deus habita não existem sombras. E vou mais além: “Às vezes aquilo que nos parece ser certo, correto, justo não é certo, correto ou justo para os olhos de Deus”.
