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Artigos-->No parque das minhas ilusões -- 30/04/2001 - 10:51 (Bruno Freitas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Hoje de manhã eu acordei, mas não abri os olhos, sentia um silêncio de doerem os ossos, que não ousei mover nem mesmo a cabeça. Foi nesta posição que visitei os lugares longíguos onde nunca estive, e talvez nem mesmo existam. Sobrevoei as estepes russas, o deserto chileno, as geleiras nepalenses, até mesmo a serra gaúcha. Fui de encontro ao meu sono atrasado, e estive a ponto de alcança-lo, e se não o alcancei, foi por falta de empenho, e não por cansaço. Mas confesso que cansei de ouvir o que tanto falei, e já disse que não queria ser lido, pois se escrevo através da falta de conteúdo, é por que assim o quis. Não foi por influência de ninguém, aliás, destruí todas minhas influências, e catapultei os autores de minha alma.



Anteontem não quis ler nada, ontem li cabeçalhos estúpidos de um jornal local de anteontem, pois, hoje nem mesmo abri os olhos. Fechei-me no parque das minhas ilusões, onde passei despercebido por milhões de espectadores, leitores, desafetos e afetos. Senti todo o receio de seguir adiante pelas linhas telefônicas, bandas largas, cabos ópticos e radares eletrônicos. A ponto de não saber de onde vêm os amigos e inimigos, sabendo que a ferida viva do meu coração vive sangrando pelas teclas do computador pessoal, pois, mesmo sem sabe-los, enfrentei-os com a mesma sagacidade de ontem. Lendo relendo e usando todos os artifícios possíveis para derrubar-los, levando-os a nocaute verborrágico. Cansei das lutas inglórias on-line e off-line, e todas suas glórias. Salve a solidão e o silêncio que causei, e que vou perpetuando pelos dias seguintes.



Vou deixar qualquer conclusão para os leitores que aqui se encontram, pois se eu pedi para não ser lido, foi por cansaço, e não pela falta de empenho. E se vocês, caros leitores, estiveram a ponto de deixar-me solitário e em silêncio, agradeço-os de coração, mas se quiserem prosseguir e chegar a alguma conclusão concisa, não foi por falta de aviso, mas por insistência literária. Pois, hoje de manhã, vislumbrei-me no parque das minhas ilusões, onde não pude pedalar, patinar, caminhar, e nem mesmo refrescar-me pela falta de calor. Pois, foi lá que visualizei toda minha existência, e senti-me como uma criança empinando pipa, e é a mais linda do mundo, pois possui uma rabiola brilhante e radiante numa linha recheada de cerol, e que se não passei na mão, foi por que não quis repetir a insanidade popular brasileira, e que se não cantei por aí, foi por que quis ficar em silêncio. Hoje meu silêncio fala mais alto, ou escreve mais longe, pois, se fiquei quieto, propus uma revolução literária. Refiz todos meus cálculos eternos, paguei minhas contas e segui pelo parque das minhas ilusões.

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