Nenhum homem é uma ilha.
Autor: Daniel Fiuza
30/03/2001
Sinto-me uma ilha perdida no oceano,
Esperando para ser descoberta,
Passam pelas minhas praias, correntes
quentes, e frios ventos...
Minha alma sente frio, me sinto
carente.
Só o mar vem beijar meu sofrimento,
Aplaudindo-me com imensas ondas,
Espumas, e alegres brumas.
Flutuo em águas perigosas,
Deuses das profundezas me protegem
do medo, me influenciam a sonhar.
Sonho com tigres e cavalos marinhos,
Com palácios encantados, e com princesas
lúdicas...
Não posso ser telúrico no mar!
Nem líquido na terra, recrio
Teosóficos pensamentos,
Com sentidos dúbios,
São apenas elogios de loucura.
O que fazer quando se estar perdido,
No labirinto mitológico do minotauro,
Acreditar no devaneio ou negar a
realidade que maltrata?
Minha ilha flutua ao sabor de correntes
simbolicas, de resquícios de um passado
mal vivido, estrambóticos sentimentos
perduram, pelos ensinamentos de um
errôneo e fatalístico viver.
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