A televisão, todos nós sabemos, poderia nos oferecer mais em qualidade, bom gosto e criatividade. A informação é, talvez, a função que esse veículo cumpre com mais eficiência, se considerarmos a tv a cabo. A função de divertir ela cumpre, se não formos muito exigentes: os filmes são repetidos incansavelmente, os “reality shows” grassam impiedosamente, inviabilizando muitos horários e as novelas, ah, as novelas...
A cultura, não raro, é colocada em segundo plano: as nossas raízes, as nossas tradições, o nosso folclore, as nossas letras, recebem pouco espaço e atenção ou quase nada. É verdade que já temos canais como Futura, senac, cultura, cultura e arte, mas quase todos eles estão na rede a cabo ou satélite, apenas a TVE/Cultura está disponível na tv aberta.
A música tem o seu lugar, com canais como MTV e outro canal de música sertaneja, além de programas em outros canais. O esporte leva uma boa fatia de todo o espaço, com canais específicos e farta programação em quase todos os canais abertos ou de notícias.
A educação está começando a ser bem atendida: além dos telecursos, conta com canais como TV Escola, TV Senac, Futura, que deveriam ter sinal aberto, para cumprirem a contento sua função de ajudar na educação, principalmente dos menos favorecidos.
A Literatura... Bem, a literatura tem muito pouco. Assim como nos jornais e nas revistas os espaços dedicados à literatura vão minguando cada vez mais, por falta de patrocinadores e de boa vontade, na televisão também os programas que temos podem ser contados nos dedos. De uma mão só: temos o “Literatura”, na TV Senac, “Escritor por Ele Mesmo”, na Cultura e Arte, e um que outro que aborda o tema periodicamente, como o “Sem Censura”, “Musikaos”, “Panorama”. Já tivemos bons programas, como o “Homens e Livros”, na extinta Manchete, quando os espaços eram menores. Era meia hora bem aproveitada, com entrevistas de expoentes da literatura, como Raquel de Queiroz, Homero Homem, Jorge Amado e tantos outros, além de notícias sobre livros, poesia e informação cultural. Pena que não resistiu ao tempo e não foi copiado. O formato dos programas, hoje, são diferentes e às vezes tornam-se cansativos com entrevistas que não terminam nunca e que deveriam ser mais rápidas.
O escritor e o leitor precisa de programas como esse. O escritor, para mostrar o seu trabalho. E o leitor para saber sobre o escritor, sobre a sua obra, ouvir referências sobre os livros que poderá vir a ler, saber como e porque foram escritos.
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