O seguinte texto circula na Internet. Apesar de anônimo - as pessoas têm muito medo de criticar o PT em público, com medo de represálias - traz alguns raciocínios interessantes, por isto o transcrevemos aqui. Mas, certamente, teria muito mais força e expressão se tivesse origem - autoria pessoal ou de alguma entidade - registrada.
Em primeiro lugar peço desculpas a todos pelo envio deste e-mail, mas quero apenas dar a minha contribuição para um Brasil forte. Esse texto não é de minha autoria. Faltando ainda alguns dias para o segundo turno, as pesquisas indicam que o candidato Lula possui ampla vantagem sobre o candidato Serra. Enfim, após 12 anos e três tentativas, o líder operário parece estar próximo de conquistar seu objetivo.
A trajetória de Lula sem dúvida é muito bonita. Recheada de luta, coragem e idealismo. De torneiro mecânico no ABC Paulista, ele fundou o PT e surgiu como uma grande liderança da classe operária. Sem dúvida conquistou com méritos seu lugar na história. Ninguém pode questionar o prestígio e a importância de Lula na história contemporânea do Brasil.
Agora, elegê-lo Presidente da República é uma coisa muito mais séria.
Governar um país do tamanho do Brasil, com uma economia delicada, sujeita aos mais variados tipos de pressões, não é coisa para amador. Desespera-me o fato de cerca de 40% dos eleitores do país estarem pensando em entregar esta tarefa para alguém que não tem o menor preparo para isso.
Lula não trabalha há mais de uma década.
Nunca administrou nem uma quitanda, quem dirá um país. Desde as eleições de 89 teve tempo e dinheiro (do partido que o sustenta) de sobra para fazer cursos, aqui e no exterior. Não fez. Ao invés disso, aproveitou sua viagens à Cuba para aprender a fumar charutos. Também não se candidatou a nada neste meio tempo. Talvez, se tivesse sido prefeito, governador ou parlamentar, pudesse ter amealhado a experiência que fará falta (e muita) caso seja eleito presidente. Mas não, optou por ficar sendo opositor a tudo (de bom e de ruim) que o governo se propôs a fazer.
Quem não adoraria uma profissão destas? Ficar sem fazer nada, apenas botando defeito no trabalho alheio. Posando como profeta do caos e comemorando cada vez que uma iniciativa do governo dava errado, mesmo quando isso implicava em sofrimento e prejuízo para o país. Defendendo o MST e instigando invasões com o objetivo de desgastar o governo. O mesmo governo que promoveu a maior reforma agrária da história do Brasil, desapropriando áreas maiores do que a da Bélgica.
Por favor, vamos parar de brincadeira.
É preciso mais do que ternos Armani para ser um estadista. Isso é coisa séria. Entregar o país para Lula é uma irresponsabilidade. É jogar no lixo oito anos de trabalho sério, austero.
Durante a era FHC, o Brasil despontou como um líder dos países em desenvolvimento. Criou uma economia estável que resistiu durante várias crises internacionais, quando vários outros países naufragaram economicamente, faliram. E onde estava Lula durante estas crises? Estava indo aos jornais dizer que o país estava quebrando, que o governo fez tudo errado e dando sugestões que faziam qualquer economista iniciante morrer de rir.
Mas a graça acabou.
Agora ele está próximo de realmente assumir o comando. O país, e principalmente a esquerda, a classe artística e "intelectual" estão próximas de aprender uma dura lição. Não se governa um país apenas com boas intenções. A história do torneiro mecânico que se torna presidente pode ser muito bonita em um conto de fadas. Mas isso é real.
O mercado não acredita em contos de fadas. Passa por cima de salvadores da pátria sem nenhuma cerimônia. A alegria de Lula e seus "companheiros" ao assumir o poder não durará mais do que alguns dias. A ressaca da posse virá a cavalo (com trocadilho). O dólar ultrapassará a barreira do 10 reais em menos de um mês. A fuga do capital estrangeiro será algo sem precedentes no mundo. O verniz de Duda Mendonça pode enganar a elite intelectualóide do Brasil, mas não engana os investidores. Quem tem milhões de dólares aplicados em um país que sabidamente não prima pelo bom senso, não espera para ver o que acontece. Simplesmente pula fora antes que o prejuízo aumente.
Se o PT e sua turma sempre criticaram o governo por se preocupar com a estabilidade da moeda esquecendo o lado social, vamos ver como Lula cuidará do social sem uma moeda estável. Se o MST sempre pautou suas invasões de acordo com a agenda ditada pelo PT, vamos ver como o PT vai lidar com um MST pautado apenas pelo fanatismo dos seus líderes. Lula, que sempre criticou FHC por suas alianças no congresso, pretende governar o país como? Esperando que os senadores se comovam com as cantorias de Eduardo Suplicy?
Talvez na "Alegrolândia" Lula e os "companheiros" fizessem um grande governo. Mas nós vivemos em um mundo real, onde idealismo sem competência, boas intenções sem fundamentos práticos, histórias de vida bonitas, porém superestimadas, levam a apenas um lugar: o fracasso. Não estaria me dando ao trabalho de escrever tudo isso se este fracasso ficasse limitado aos seus culpados. Porém, infelizmente o fracasso será de todos nós, bem como a conta gerada por ele.
Se você pretende votar em Lula, por favor, esqueça um pouco a paixão e pense objetivamente, logicamente, racionalmente. Se você já não pretendia votar nele, ótimo. Repasse esta mensagem para quem você puder. Pelo menos se no dia 28 de outubro o Brasil acordar com Lula presidente, você poderá voltar a dormir com a consciência limpa, por saber que fez alguma coisa (mesmo que pareça pouco) para evitar que isso acontecesse.
