O Brasil bem que poderia ter nesse momento um "arco do triunfo" para receber, não apenas o presidenciável Lula, mas, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porque a vitória que se prenuncia inevitável, representa o que há de mais extraordinário na política mundial. Nem Valesa chega perto de Lula na conquista do poder, uma vez que Lula o fez em um país, tradicionalmente, capitalista e conservador.
Para isso, nesses últimos vinte anos, ele palmilhou cada rincão deste país, apertou milhões de mão, conversou com cada brasileiro de costumes distintos, ganhando a confiança de todos, ao mesmo tempo em que teve de enfrentou as elites dominantes, os reacionários, as discriminações, a ingerência imperialista, a chantagem dos especuladores do dólar e das bolsas. Mas, não se abateu. Cresceu no conceito popular. O seu fortalecimento foi tão grande que no momento há políticos tradicionais recorrendo ao "apoio a Lula" para se salvar de uma possível derrota de um adversário seu, também conservador.
O fato de um retirantes das secas, torneiro mecânico e sindicalista receber a faixa presidencial é, deverasmente, extraordinário. Com propostas de fazer mudanças como reforma agrária, distribuição de renda, erradicação da fome e implementação de programas que beneficiem os eternos desprotegidos, Lula contou com o apoio da grande massa.
Mas, o mais importante não é a conquista do poder, mas, a sua transformação como instrumento de luta em defesa do povo, e no combate à espoliação internacional. Não há como resolver os problemas nacionais sem antes estabelecer a soberania do país, hoje aviltada pela ingerência desmoralizante da Casa Blanca.
O povo que o colocou no poder deve continuar apoiando quando esse apoio se tornar imprescindível à efetivação das ações pelo próprio poder. Mas, sempre lembrando que o trabalho de educação política do povo deve continuar, até porque, está reconhecido que "sem conscientização, a luta será em vão".
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