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Artigos-->A ESCOLA NÃO SUBSTITUI A FUNÇÃO DA FAMÍLIA ! -- 10/10/2002 - 21:08 (Ernandes Aparecido Campagnoli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Fruto de um trabalho de cerca de dois anos envolvendo entrevistas, pesquisas, depoimentos e experiências próprias, este artigo serve com “um alerta” aos pais e educadores, pois a criança brasileira está chegando cada vez mais cedo à escola e sai sabendo cada vez menos. O ingresso precoce se dá pelo fato de os pais trabalharem fora e imaginarem que colocando os seus filhos na escola, os professores irão educá-los lhes privando desta “missão” ou pelo desejo de proporcionar o máximo conhecimento aos filhos. Isso nos demonstram ao mesmo tempo, a irracionalidade da política educacional e a sua lógica, incompatível com o modelo de sociedade que possuímos. É incontestável que o desinteresse de alguns pais pela educação básica (leia-se princípios morais que deveriam ser transmitidos pelos pais à criança antes dela ingressar na escola) vem da falta de um projeto de um país onde a grande maioria adquire, na escola de ensino fundamental, os requisitos para a democracia.

E já na escolha da escola a qual os filhos irão freqüentar é que começam a surgir os problemas. A escolha deve passar pela análise dos pais sobre a adequação e compatibilidade da ideologia e dos verdadeiros valores da escola, com aqueles adotados pelos pais em casa, pois já neste caso isto quer dizer, que a escola não substituirá a função da família, apenas a ampliará e apoiará.

Porém deve-se tomar cuidado com as verdadeiras instituições financeiras que se escondem atrás de renomados nomes e valores sociais e morais, onde se tenta passar para os pais uma determinada ideologia mas na prática, o que ocorre dentro dessas instituições é algo totalmente diferente e absurdo: professores que não se preocupam em ensinar os alunos e estão ali apenas para receber seus salários no final do mês, diretores que forjam professores a darem notas a alunos para passar a impressão aos pais que os filhos estão aprendendo alguma coisa, encobrimento de atos anti-sociais (como brigas, desrespeito a professores, etc.) cometidos por alunos dentro da escola apenas para que a instituição permaneça com seu “nome limpo” e discursos hipócritos sobre termos relevantes no que se diz respeito a status social e educacional.

Neste sombrio cenário, a figura do professor é fundamental para mediar o processo de aprendizagem e orientar a criança ou jovem na direção planejada pelos pais. Neste caso o que quero dizer é que há um mito construído na expectativa de que o aluno que freqüentou uma escola particular está mais preparado que a outra que não freqüentou. Mesmo porque já citei acima que muitas escolas particulares são verdadeiras intuições com fins únicos e exclusivos financeiros.

A preparação adequada e boa de um aluno será feita, com certeza, com mais facilidade se as condições escolares assim permitirem, que o professor desenvolva o seu trabalho perante aos seus alunos. Mas o que ocorre é algumas “escolas” discriminam os alunos, apontando-os como “menos competentes” por serem de uma religião, classe social ou raça diferente daquela que a “escola” tem como ideal ou pela estúpida política que algumas “escolas” adotam de evitar a reprovação dos alunos em séries intermediárias, passando a avaliá-los ao fim de determinados ciclos. Esta prática reduz a evasão dos alunos da escola, pois os pais acham que o filho está aprendendo, mas ao mesmo tempo, mascara a competência dos estudantes. Como professor, não admito e sou absolutamente contra, pois chegada à hora de ingressar na universidade todos percebem claramente os alunos que realmente estão preparados e os que, simplesmente foram empurrados. Outro ponto importante a ser lembrado sobre esta questão é que se um aluno bom souber que um colega foi aprovado sem estudar, este poderá perder a motivação pelo estudo. E pensar, que muitos, são a favor a não repetência!

Vale ressaltar que os responsáveis pela educação dos alunos são os professores e não a escola e por isso a grande diferença entre uma boa escola e uma péssima escola, além de profissionais capacitados são as condições que as escolas oferecem aos professores para desenvolver sua capacidade. A família e a escola têm papel preponderante e insubstituível. As relações sócio-emocionais estabelecidas são muito mais significativas para a aprendizagem e formação da personalidade dos alunos do que se acreditava quando os conhecimentos, hoje disponíveis, ainda não haviam emergido.

Por fim caros leitores, o que precisamos nos conscientizar é que necessitamos achar a melhor solução para construir o saber, pois o Brasil de ontem e hoje não conserta sua educação porque fazem de escolas, instituições com finalidades únicas e exclusivas financeiras e não educacionais. E alerto: “No passado, impérios se construíram sustentados por uma educação universal. Num futuro, não muito distante, países vão se atolar por falta dela”.

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